Observações sobre as transformações lexicais na Libras em decorrência dos avanços tecnológicos

Observations on lexical transformations in Brazilian Sign Language (Libras) due to technological advances

Autores/as

  • Janice Gonçalves Temoteo Marques Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7601-8387
  • Antonielle Cantarelli Martins Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil
  • Fernanda de Oliveira Guirelli Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Campinas, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0009-0007-8066-6337

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v21i2.3744

Palabras clave:

Lexicalização. Deslexicalização. Línguas de Sinais. Libras. Neologismo. Tecnologia. Comunicação.

Resumen

Resumen: La tecnología ha aportado grandes aportes a la comunidad sorda al facilitar la comunicación. A raíz de los avances tecnológicos, las lenguas de signos comenzaron a tener un vocabulario específico para términos relacionados con las nuevas tecnologías, mientras que otros signos cayeron en desuso. Las transformaciones léxicas son parte de un proceso histórico natural que se da en las lenguas naturales. El objetivo de este trabajo es comprender los procesos de lexicalización/desexicalización en la Lengua de Señas Brasileña - Libras, y cómo esos fenómenos lingüísticos se integran a la realidad contemporánea como resultado de los avances tecnológicos. Se analizaron 13.000 signos del Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: A Libras em suas mãos (Capovilla, et al, 2017) para seleccionar entradas relacionadas con la categoría semántica “Tecnología y Comunicación”. A partir de este análisis, se seleccionaron 80 signos, se grabaron en vídeos y se presentaron individualmente a cuatro firmantes sordos. Deberán señalar los signos que conocían, los que no conocían, los que a su juicio han caído en desuso y los signos que han sido sustituidos por otros. Dos 80 sinais, 15% foram comumente considerados em desuso por se referirem às tecnologias obsoletas e 2,5% (Inteligência Artificial (IA) e Bluetooth) apontados como sinais novos por 50% dos participantes, os quais refletem a adaptação contínua da Libras aos avances tecnológicos.

Descargas

Citas

ANTUNES, I. Território das palavras: estudo do léxico em sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.

BLÜHDORN, H.; COSTA, A. C. da. Lexicalização e deslexicalização: observações sobre a erosão da língua exemplificadas no alemão e no português do Brasil. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, n. 3, p. 273-300, 1999. DOI: 10.11606/1982-8837.pg.1999.63984. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/pg/article/view/63984. Acesso em: 25 mar. 2024.

BRASIL. Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm. Acesso em: 25 mar. 2024.

BRENTARI, D.; PADDEN, C. Native and foreign vocabulary in American Sign Language: A lexical content analysis. In: MEIER, R.; COHN, A.; MULLER, C. (ed.). Modality and Structure in Signed and Spoken Languages. Cambridge: Cambridge University Press, 2001. p. 22-61.

CAMPELLO, A. R.; REZENDE, P. L. F. Em defesa da escola bilíngue para surdos: a história do movimento surdo brasileiro. Educar em revista, Curitiba: Editora UFPR, ed. esp., n. 2, p. 71-92, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/nspe-2/06.pdf. Acesso em: 25 mar. 2024.

CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D.; TEMOTEO, J. G.; MARTINS, A. C. Dicionário da Língua de Sinais do Brasil: a Libras em suas mãos. São Paulo: EDUSP, 2017.

CRASBORN, O.; ZWITSERLOOD, I. The annotation and exploitation of a corpus of Dutch sign language. Linguistics in the Netherlands, v. 25, n. 1, p. 37-49, 2008.

FERREIRA-BRITO, L. Por uma Gramática de Língua de Sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro/UFRJ, 1995.

JOHNSTON, T. From archive to corpus: Transcription and annotation in the creation of signed language corpora. International Journal of Corpus Linguistics, v. 15, n. 1, p. 106-131, 2010.

JOHNSTON, T.; SCHEMBRI, A. On defining lexeme in a signed language. Sign Language and Linguistics, v. 2, n. 2, p. 115-185, 1999.

LIDDELL, S. K. Grammar, Gesture, and Meaning in American Sign Language. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.

QUADROS, R. M.; KARNOPP L. B. Língua de sinais brasileira – Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artes Médicas, 2004.

SANDLER, W.; LILLO-MARTIN, D. Sign Language and Linguistic Universal. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

STOKOE, W. Sign Language Structure: An outline of the visual communication systems of the american deaf. Studies in Linguistics, University of Buffalo, n. 8, 1960.

TEMOTEO-MARQUES, J. G.; MARTINS. A. C. (Pesquisa em andamento). Análise de sinais relacionados à Tecnologia e Comunicação: transformações lexicais na Libras. Campinas, 2023.

WILCOX, P. The phonetics of fingerspelling. John Benjamins Publishing, 1992.

WILCOX, S. The Phonetics of Fingerspelling. John Benjamins Publishing, 2000.

Publicado

2025-03-05

Cómo citar

Marques, J. G. T., Martins, A. C., & Guirelli, F. de O. (2025). Observações sobre as transformações lexicais na Libras em decorrência dos avanços tecnológicos: Observations on lexical transformations in Brazilian Sign Language (Libras) due to technological advances. Revista Do GEL, 21(2), 127–150. https://doi.org/10.21165/gel.v21i2.3744