Toponímia paralela na cidade de Dourados/MS: nomeação e memória
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v20i1.3459Palabras clave:
Toponímia urbana. Topônimos paralelos. Memória. Dourados (MS).Resumen
Este estudo se caracteriza como interdisciplinar envolvendo, especialmente, a Linguística, uma vez que o foco é uma parcela do léxico, e a História, já que requer a recuperação de aspectos históricos do local pesquisado. Teve como objetivo a análise de topônimos paralelos da área urbana de Dourados (MS). As reflexões teóricas apresentadas fundamentam-se em autores que estudam toponímia na perspectiva linguística – Dauzat (1945), Trapero (1995), Dick (1987,1996) – e em historiadores que discutem o tema memória – Thompson (1981), Samuel (1997), Ricoeur (2007). Para a constituição do corpus, foram elencados 11 topônimos que, posteriormente, foram submetidos à apreciação de 40 moradores. Dentre os resultados, citam-se os seguintes: há casos de relativo equilíbrio entre o uso do nome paralelo e o do oficial como Rua Bahia (paralelo) e Rua Hayel Bon Faker (oficial), e casos em que o paralelo prevalece como em Mão do Braz (paralelo) e Monumento ao Colono (oficial); os nomes paralelos analisados têm características distintas em relação aos oficiais: os primeiros, em geral, são mais descritivos e funcionais, possuem vínculos diretos com o espaço denominado e com a memória dos moradores; já os oficiais se prestam, frequentemente, à homenagem a homens considerados importantes para a história local, regional ou nacional.
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