Reflexões sociolinguísticas sobre a libras (Língua Brasileira de Sinais)

Autores

  • Angelica Rodrigues Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Araraquara, São Paulo
  • Anderson Almeida-Silva Universidade Federal do Piauí (UFPI) / Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-PG), Parnaíba, Piauí

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1673

Palavras-chave:

sociolinguística, libras, contato linguístico, variação e mudança linguística

Resumo

O objetivo, neste artigo, é discutir questões caras à Sociolinguística, como variação e mudança linguística, heterogeneidade e contato linguístico, tendo a libras (Língua Brasileira de Sinais) em perspectiva. Para isso, será necessário remeter a aspectos da gramática da libras, assim como da comunidade de falantes, isto é, sua sócio-história. Partimos dos pressupostos teóricos desenvolvidos pela Sociolinguística que, embora sejam mais explorados tendo em vista as línguas faladas, devem ser considerados em discussões cujo objetivo seja desconstruir paradigmas a respeito das concepções de língua, de contato linguístico e de variação e mudança linguística nas línguas sinalizadas.

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Publicado

21-11-2017

Como Citar

Rodrigues, A., & Almeida-Silva, A. (2017). Reflexões sociolinguísticas sobre a libras (Língua Brasileira de Sinais). Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(2), 686–698. https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1673

Edição

Seção

Libras