Da ideia de doxa ao ensino de literatura no currículo de Letras
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v20i2.3535Palavras-chave:
Linguagem. Ensino de literatura. Roland Barthes. Formação de professoresResumo
Partimos do princípio de que o currículo de Letras, com destaque ao ensino de literatura, necessita de espaço de reflexão e debate nos âmbitos acadêmico e das políticas de formação de professores, a fim de que se problematize sua estruturação e sua relevância para a excelência de profissionais do magistério na área de Letras e Educação. Ao conceber documentos curriculares como produtos da linguagem, buscamos discutir alguns pontos importantes: discursos acrático, encrático, doxa e poder, por exemplo, para que os conceitos de formação e de excelência não se restrinjam a características simplesmente instrumentais. O corpus ao qual este artigo se refere é composto pelos programas de ensino das disciplinas de literaturas de língua espanhola, na licenciatura em Letras da Unesp de Assis, no período de 1970 a 2000. Trata-se, portanto, de análise documental. A abordagem teórica e metodológica se deu a partir das contribuições da crítica de Roland Barthes (2007, 2012, 2015) sobre a linguagem literária e acadêmica; do conceito de representação social, de Roger Chartier (1991, 2001) e de uma ideia de metodologia de Ricardo Navas Ruiz (1961). Como resultados, trouxemos as possibilidades de discussão sobre a importância da formação de professores de literatura e seu espaço curricular.
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