Por trás do editorial: um estudo semiótico sobre o ator manifestante de rua
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v47i3.1979Palavras-chave:
editorial, manifestante, sensível, inteligível, Jornadas de JunhoResumo
Este estudo objetiva investigar o gênero editorial da cobertura jornalística resultante das manifestações populares de rua ocorridas em junho de 2013, nomeadas de Jornadas de Junho. Parte-se de uma perspectiva teórica interdisciplinar, pois se promove, principalmente, os pressupostos da semiótica francesa (GREIMAS; COURTÉS, 2008) e da filosofia bakhtiniana (BAKHTIN, 2006). Como corpus de análise, foram escolhidos os editoriais publicados nos dias 13, 15 e 20 de junho de 2013 dos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo. A partir desse corpus, discute-se a estrutura temática e composicional do gênero e, então, analisa-se o estilo por meio dos distintos modos de tratar eticamente o ator do enunciado manifestante. Como resultado, depreende-se que o gênero editorial, ao se sustentar dominantemente no eixo do inteligível, desfavorece um acento sensível, o que não impede o enunciador, em seu estilo autoral (DISCINI, 2015), de sensibilizar seu enunciatário.
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