As escolhas temporais e a criação de sentidos em Água Viva, de Clarice Lispector e em duas de suas traduções para o inglês
DOI :
https://doi.org/10.21165/el.v47i2.1966Mots-clés :
tradução, estilística, temporalidade, efeitos de sentidoRésumé
Este artigo insere-se numa observada lacuna, dentro da literatura acadêmica, ao pretender relacionar a tradução e a estilística, pelo viés das escolhas temporais feitas por Clarice Lispector, em Água Viva, e por dois de seus tradutores para a língua inglesa, resultando em grande diversidade de sentidos. Para tanto, Celce-Murcia e Larsen-Freeman (1999), Yule (1998), Bechara (2004) e Castilho e Elias (2012) serão utilizados para a compreensão dos tempos e aspectos verbais nas línguas inglesa e portuguesa, numa abordagem discursiva. No âmbito do discurso literário, Benveniste (1989, 1995), Maingueneau (2001) e Fiorin (2005) fundamentarão as relações entre a temporalidade verbal e a formação de sentidos. Finalmente, Lambert e Van Gorp (1985) e Aubert (1998) fornecerão referências para os processos de seleção e interpretação dos dados. Espera-se, dessa forma, demonstrar intersecções possíveis entre os estudos estilísticos, partindo-se dos aspectos e tempos verbais, e os estudos na área da tradução.
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