De usos no presente aos usos no passado: a coleta de frases como técnica de leitura e de escrita
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v50i3.2984Palabras clave:
história da leitura, técnica de leitura e escrita, frases destacadas, cultural digital.Resumen
Fundamentadas por princípios da Análise do discurso e da História Cultural da leitura, e interessadas nos discursos sobre a leitura, no que em geral se diz sobre essa prática, neste artigo, apresentamos um breve panorama histórico de uma técnica de leitura e de escrita de longa-duração, que consiste na leitura, seleção, destacamento, coleção e emprego dessas frases em outros textos. Na atualidade, multiplicam-se gêneros próprios da cultura digital que se valem dessa técnica e que se apresentam como o resultado da articulação de fragmentos de textos verbais, de imagens, de sons. Das “mensagens em powerpoint”, passando pelas “mensagens compartilhadas” aos “memes”, somos testemunhas dessa cultura do fragmento que tem uma história, que se inscreve em uma memória e que tem impacto sobre o modo como hoje lemos e escrevemos nossos textos. É esse breve panorama que aqui apresentamos.
Descargas
Citas
ABREU, M. Diferentes formas de ler. 2001. Disponível em: <http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/Marcia/marcia.htm>. Acesso em: 09 ago. 2013.
ARISTÓTELES. Arte retórica e arte poética. Rio de Janeiro: Edições Ediouro; Tecnoprint S. A., 1979, (Coleção clássicos de ouro)
CAVALLO, G.; CHARTIER, R. Les modèles de lecture des temps modernes. (s/d). Disponível em: < http://classes.bnf.fr/livre/arret/auteur-lecteur/lecture/06.htm> Acesso em: 10 de jul. 2019
CHARTIER, R. A mão do autor e a mente do editor. Tradução George Schlesinger. São Paulo: Editora Unesp, 2014
______. Uma trajetória intelectual: livros, leituras, literaturas. In: ROCHA, J. C. de C. (Org.). Roger Chartier – A força das representações: história e ficção. Chapecó: Argos, 2011, p. 21-54.
______. Leituras e leitores populares: a Bibliotèque bleue e a literatura de colportage. 2009. Revista Desenredo, 1(1). https://doi.org/10.5335/rdes.v1i1.480
______. Os desafios da escrita. São Paulo: Editora da Unesp, 2002.
______. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999
______. “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, vol. 8, n.16, 1995, p. 179-180.
CHIARI, G.; SARGENTINI, V. Mentirosos, corruptos e comunistas! As Fake News e o politicamente incorreto. In: Discurso & Sociedad. Vol. 13, n. 3, Barcelona, 2019. (p.468-494). ISSN 449-467. Disponível em: http://www.dissoc.org/ediciones/v13n03/DS13%283%29OliveiraSargentini&Chiari.pdf
CURCINO, L. ‘Lives’ e Livros: Versículos e verdade na eleição presidencial brasileira. In: CURCINO, L.; SARGENTINI, V. PIOVEZANI, C. Discurso e (pós)verdade. 2020. (no prelo).
______. Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará: Livros na eleição presidencial de Bolsonaro. In: Discurso & Sociedad. Vol. 13, n. 3, Barcelona, 2019. (p.468-494). ISSN 1887-4606. Disponível em: http://www.dissoc.org/ediciones/v13n03/DS13%283%29Curcino.pdf
______. Suporte e sentido: questões de leitura e análise do discurso. In: Gregolin, M.R.V.; Kogawa, J. M. (orgs.) Análise do discurso e semiologia: problematizações contemporâneas. Araraquara: Laboratório Editorial / São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 189-205.
______. Princípios de não homologia entre o verbo e a imagem: breve análise de uma estratégia de escrita da mídia. In: Estudos Linguísticos, São Paulo, n. 40, vol. 3. set-dez 2011. p. 1398-1407.
______. Mutações do suporte e dos gêneros discursivos: indícios de mudanças da leitura e dos leitores? In: AGUIAR, V.T; CECCANTINI, J. L. (orgs.) Teclas e dígitos: leitura, literatura & mercado. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. p. 13 – 23.
______. Práticas de leitura contemporâneas: representações discursivas do leitor inscritas na revista VEJA. 2006 337p. Tese (Doutorado), FCLAR -Unesp, Araraquara São Paulo, 2006.
CURCINO, L.; SILVA, J. A. P. ‘Memes’ sobre a leitura: uma análise de enunciados destacáveis. In: Anais do SIELIPOP - Seminário Internacional de Estudos em Linguística Popular. 2020. (no prelo)
CURTIUS, E. R. Sentenças e Exempla In.: Literatura Europeia e Idade Média Latina; Tradução Teodoro Cabral (com colaboração de Paulo Rónai). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1957.
EISENTEIN, E. L. A revolução da cultura impressa: os primórdios da Europa Moderna. Trad. de Osvaldo Biato. São Paulo: Ática, 1998.
FOUCAULT, M. A arqueologia do saber; tradução Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2014.
_______. 1926-1984. A escrita de si. In.: O que é um autor? Tradução Antonio Fernando Cascais. 1992.
GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
KRIEG-PLANQUE, A. “Fórmulas” e “lugares discursivos”: propostas para a análise do discurso político. Entrevista com Alice Krieg-Planque por Philippe Schepens. In: MOTTA, A. R.; SALGADO, L. (Org.) Fórmulas discursivas. São Paulo: Contexto, 2011
MAN, J. A revolução de Gutenberg: a história de um gênio e da invenção que mudaram o mundo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
MAINGUENEAU, D. A fala sentenciosa. In.: Frases sem texto; tradução Sírio Possenti [et al.] São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
MOSS, A. Les recueils de lieux communs: apprendre à penser à la Renaissance. Genève, Droz, 1993
SAENGER, P. A leitura nos séculos finais da Idade Média. In: CAVALLO, G.; CHARTIER, R. (orgs.). História da Leitura no mundo Ocidental. Vol. 1, São Paulo: Editora Ática, 1998. p. 147-184
ROSIN, P. Peculiaridades do exercício da função autor em redes sociais: uma análise discursiva de ‘mensagens compartilhadas’ pelo Facebook. Dissertação (Mestrado em Linguística) Universidade Federal de São Carlos (PPGL/UFSCar) 2016. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/9064
ROSIN, P.; CURCINO, L. Peculiaridades do exercício da função autor: uma análise discursiva de “mensagens compartilhadas” no Facebook. In: Revista Estudos Linguísticos. v. 44, n. 3, São Paulo, set-dez de 2015. p. 1155- 1167. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/1046/648
SILVA, R. S. Controle remoto de papel: o efeito do zapping no jornalismo impresso diários. São Paulo: Annablume/FAPESP, 2007.
SOARES, M. B. Ler, verbo intransitivo. 2007. Disponível em: <http://www.leiabrasil.org.br/leiaecomente/valeoescrito/magda.htm> Acesso em: 10 mar. de 2009
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
A aprovação dos artigos para publicação implica na cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação nesta revista. O(s) autor(es) autoriza(m) o Grupo de Estudos Lingüísticos do Estado de São Paulo (GEL) a reproduzi-lo e publicá-lo na revista Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O(s) autor(es) continuará(rão) a ter os direitos autorais para publicações posteriores. O artigo poderá ser acessado pela rede mundial de computadores (www.gel.org.br/estudoslinguisticos), sendo permitidas, a título gratuito, a consulta e a reprodução de exemplar do artigo para uso próprio de quem o consulta. Essa autorização de publicação não tem limitação de tempo, ficando o GEL responsável pela manutenção da identificação do autor do artigo. Casos de plágio ou quaisquer ilegalidades nos textos apresentados são de inteira responsabilidade de seus autores.