Registros de coda nasal no primeiro ano do ensino fundamental
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1751Palabras clave:
coda nasal, sílaba, ortografia, língua portuguesa, ensino fundamentalResumen
Neste estudo, busca-se traçar trajetos que possam ser típicos do processo de aquisição de escrita de sílabas com coda nasal do Português. Foram observados registros e não-registros da coda nasal em produções escritas ao longo do primeiro ano do Ensino Fundamental, em escola particular. Identificamos a tendência de os sujeitos grafarem sílabas CV não-convencionalmente (“AVK” para “avenca”) nas primeiras produções e passarem a registrar a sílaba CV (“BEGALA” para “bengala”), ainda no primeiro semestre do ano letivo. Já no segundo semestre, a tendência foi a de não haver registros de sílabas CV e haver registros não-convencionais da coda nasal (“CEN” para “quem”) que flutuam com registros convencionais dessa coda (“VENTO”). Ao final do primeiro ano letivo, todos os oito sujeitos analisados flutuam entre grafar e não grafar convencionalmente a coda nasal, evidenciando a aquisição da sílaba complexa, embora ainda não tenham dominado a convenção ortográfica do seu registro.Descargas
Citas
BISOL, L. A nasalidade, um velho tema. DELTA, São Paulo, v. 14, n. especial, p. 24-46, 1998.
______. A sílaba e seus constituintes. In: NEVES, M. H. M. Gramática do Português Falado. v. 7. Campinas: Editora da UNICAMP, 1999. p. 701-742.
______. Estudo sobre a nasalidade. In: ABAURRE, M. B. M.; RODRIGUES, A. C. S. (Org.). Gramática do Português Falado. v. 8. Campinas: Editora da UNICAMP, 2002. p. 501-535.
BORDUQUI, C. L. B. As vogais pretônicas no noroeste paulista: estudo da vogal /e/ nas sílabas VC em início de palavra. In: 58º Seminário do GEL, 2010, São Carlos. 58º Seminário do Gel, 2010.
CAGLIARI, L. C. Um pouco da história da nasalidade: da ortografia para a fonética e fonologia. In: X Congresso da AIL: Lusofonia tempo de reciprocidades, 2008. Resumos. Funchal: Funchal 500 Anos, E. E. M., v. 1, p. 1-16, 2008.
______. Elementos de fonética do Português Brasileiro. São Paulo: Paulistana, 2009.
CAMARA JR, J. M. Problemas de lingüística descritiva. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1970.
CORRÊA, M. L. G. Letramento e heterogeneidade da escrita no ensino de português. In: SIGNORINI, I. (Org.). Investigando a relação oral/escrito e as teorias do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 2001. p. 135-166.
______. O modo heterogêneo de constituição da escrita. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
MIRANDA, A. R. M. A grafia de estruturas silábicas complexas na escrita de crianças. In: PINHO, S. Z. (Org.). Formação de Educadores: o papel do educador e sua formação. v. 1. São Paulo: Editora da UNESP, 2009. p. 409-426.
SELKIRK, E. O. The Syllable. In: HULS, V. der; SMITH, N. (Ed.). The Structure of Phonological Representations (Part II). Dordrecht: Foris Publication, 1982.
WETZELS, W. L. Contrastive and allophonic properties of Brazilian Portuguese vowels. In: KIBBEE, D.; WANNER, D. (Ed.). New Analyses in Romance Linguistics. Amsterdam: J. Benjamins, 1988.