As funções discursivas da causalidade

Autores/as

  • Sumiko Nishitani IKEDA
  • Fátima Beatriz De Benedictis DELPHIN0

Palabras clave:

Causalidade. Expressão da causalidade. Funções discursivas. Conversa.

Resumen

Muitas orações introduzidas por 'conjunção subordinativa causal não são realmente subordinadas adverbiais causais: a conjunção porque pode introduzir três tipos de  leitura da relação causal, segundo Sweetser (1991) de conteúdo, epistêmico e de ato de fala. Por outro lado, a relação causa-efeito nem sempre é sinalizada por meios tradicionais, podendo mesmo ocorrer implicitamente, caso em que o ouvinte precisa deduzir a conexão através do contexto. Além disso, a construção causal envolve funções discursivas: dentro da perspectiva dialógica da linguagem, ela emerge em geral depois de relações retóricas de contraste e negação ou, mais genericamente, depois de proposições que vão contra as expectativas  partilhadas, de acordo com Ford (2000). Esta pesquisa busca caracterizar as escolhas léxico- gramaticais para a realização da relação causal, com base em Jordan (1998), bem como especificar as funções discursivas da causalidade no português, além das tradicionalmente conhecidas funções de explicação e de solução, estudadas no inglês por Ford (1994, 2000). A causalidade será enfocada na modalidade oral, em diálogos entre falantes da norma culta. A metodologia consiste na contagem das escolhas léxico-gramaticais para sua expressão, bem como de posterior classificação dessas realizações, tendo em conta sua função discursiva.

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Publicado

2009-07-13

Cómo citar

IKEDA, S. N., & DELPHIN0, F. B. D. B. (2009). As funções discursivas da causalidade. Revista Do GEL, 6(1), 9–30. Recuperado a partir de https://revistadogel.emnuvens.com.br/rg/article/view/164