O USO DE PROCESSOS EXISTENCIAIS NO DOMÍNIO ACADÊMICO: UMA ANÁLISE COM BASE EM CORPUS DE ARTIGOS CIENTÍFICOS
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v17i1.2682Palavras-chave:
Linguística sistêmico-funcional. Processos Existenciais. Escrita acadêmica. Artigos científicos.Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar o emprego dos processos existenciais mais frequentes em artigos científicos de diferentes áreas do conhecimento, a partir da perspectiva da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; MATTHIESSEN, 2014), especificamente dos modelos complementares de transitividade e de ergatividade. Para a análise dos processos existenciais em artigos científicos, foi utilizado um subcorpus do Corpus Acadêmico do Português Brasileiro (CAPB), totalizando aproximadamente 12,5 milhões de palavras e 2.898 artigos científicos. Os resultados apontam que o emprego dos processos existenciais em textos acadêmicos do português brasileiro está associado à construção da argumentação e aos modelos de Ergatividade e Agentividade. Além disso, nesses textos, o apagamento do Agente atua como estratégia argumentativa, produzindo um efeito de objetividade. Os processos existenciais funcionam, assim, como um mecanismo que contribui para a impessoalização e para a objetivização do texto, ao mesmo tempo permitindo ao escritor defender ou apontar métodos e resultados da pesquisa, além de sugestões para área, sem se inserir explicitamente no fluxo textual.
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