O perfil do professor de linguagens, códigos e tecnologias: uma análise das formas de vida configuradas nos gêneros escolares

Autores

  • Naiá Sadi Câmara Universidade de Franca (Unifran), Franca, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

formação docente, formas de vida, coerção

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa cujo objetivo foi o de identificar as formas de vida que compõem o perfil do professor da área de linguagens, códigos e tecnologias. Realizamos uma análise de documentos tais como os Parâmetros Curriculares, as propostas curriculares da secretaria do estado de São Paulo e as diretrizes curriculares para os cursos de Letras, bem como de manuais do professor de livros didáticos e apostilas utilizados no ensino fundamental, partindo do pressuposto, com base em Bazerman (2011), de que os gêneros e os sistemas de atividades com os quais convivemos apresentam as formas de vida segundo as quais nos constituímos tanto pessoal como profissionalmente. Observamos que as formas de vida configuradas nesses textos oscilam entre autonomia e dependência, abertura e fechamento, sendo que a dependência e o fechamento predominam.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ANDRADE, L. T. Professores leitores e sua formação. Belo Horizonte: CEALE/ Autêntica, 2007.

FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BATISTA, A. A. Aula de português: discurso e saberes escolares. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

BAZERMAN, C. Gêneros textuais, tipificação e interação. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, n. 248, 23/12/1996.

BRASIL. MEC. Ministério da Educação. Decreto n. 3.276, de 6 de dezembro de 1999. Dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação básica, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3276.htm>. Acesso em: 08 set. 2012.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Linguagem, códigos e suas tecnologias. P.C.N. + Ensino Médio (Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais). Brasília, DF: MEC/SEMTEC, 2002.

BRASIL. Diretrizes para o aperfeiçoamento do ensino/aprendizagem da língua portuguesa. Brasília, DF, 1986.

BRASIL. MEC. CNE. Parecer CEB n. 04/98. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília: Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, 29/01/1998.

BRASIL. MEC. CNE.Diretrizes curriculares para o curso de Letras. Parecer CEB. Brasil. Câmara Superior de Educação do Conselho Nacional da Educação. 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES0492.pdf>. Acesso em: 08 set. 2012.

CÂMARA, N. S. Análise comparativa entre o livro didático e a apostila. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA, II, 2012, Uberlândia. Anais eletrônicos. Uberlândia, UFU, 2012. Disponível em < <http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/pt/arquivos/sielp2012/410.pdf>. Acesso em: 01 set. 2012.

CELANI, Maria Antonieta Alba. A relevância da lingüística aplicada na formulação de uma política educacional brasileira. In: FORTKAMP, M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.). Aspectos da linguística aplicada: estudos em homenagem ao professor Hilário Inácio Bohn. Florianópolis: Insular, 2000.

JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2009.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

PORTELA, J. C. Práticas didáticas: um estudo sobre os manuais brasileiros de semiótica. 2008. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista, 2008.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. Ensino Fundamental ciclo II e ensino médio São Paulo: SEESP, 2008.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. Ensino Fundamental ciclo II e ensino médio São Paulo: SEESP, 1992.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. Ensino Fundamental ciclo II e ensino médio São Paulo: SEESP, 1988.

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. Tradução de Glaís Sales Cordeiro. Repères, n. 15, 1997.

VELOSO, A. Forma de vida ou formas de vida. Philósophos – Revista de Filosofia, Goiás, v. 8, n. 2. jul./dez. 2003. Disponível em: . Acesso em: 30 ago. 2012.

WITTGENSTEIN, L. Investigações filosóficas (IF). Tradução de José Carlos Bruni. São Paulo: Abril Cultural, 1984. (Coleção Os Pensadores).

Publicado

2015-05-24

Como Citar

Sadi Câmara, N. (2015). O perfil do professor de linguagens, códigos e tecnologias: uma análise das formas de vida configuradas nos gêneros escolares. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 43(2), 853–867. Obtido de https://revistadogel.emnuvens.com.br/estudos-linguisticos/article/view/486

Edição

Secção

Linguística Aplicada ao Ensino de Línguas