Padrões discursivos na dialética entre os livros de defesa dos EUA e da China
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v51i3.3292Resumo
Novas facetas de multilateralismo têm motivado realinhamentos de relações de poder tradicionais, estabelecidas globalmente, especialmente em contextos envolvendo os Estados Unidos e a China. Esse novo ambiente estratégico em potencial é evidenciado não apenas pelas mudanças realizadas na versão de 2020 do Livro Branco de Defesa Nacional (LDBN) do Brasil, mas também na dialética entre os Livros de Defesa dos Estados Unidos (2017) e da China (2019), que parecem apontar diferentes estratégias para ações de cooperação global. Para investigar esses realinhamentos e seus possíveis impactos no setor de defesa brasileiro, a análise foi realizada em duas fases: (1) apreciação de características gerais dos Livros de Defesa dos EUA e da China; e (2) comparação de discursos expressos nos capítulos sobre cooperação internacional em cada Livro de Defesa. Os padrões discursivos investigados, consoante os arcabouços metodológicos de semântica lexical (L’HOMME, 2020; PEIXOTO; PIMENTEL, 2020) e de análise crítica do discurso (FAIRCLOUGH, 2003), sugerem que elementos de campos semânticos, de intertextualidade e de modalidade presentes no discurso servem como parâmetros que poderiam contribuir para a apreciação de ações de cooperação e de dissuasão a serem adotadas pelos EUA e pela China no século XXI.
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