Reflexões sobre política linguística e ensino de línguas: configurações de língua(gem) que orientam a formação inicial de professores

Auteurs-es

  • Djane Antonucci Correa Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, Paraná, Brasil

DOI :

https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1743

Mots-clés :

política linguística, ensino de língua(gem), formação de professores

Résumé

Este trabalho traz um estudo de base qualitativa sobre a compreensão que os professores em formação têm de língua(gem) para subsidiar discussões sobre ensino de língua. Especificamente, busca discutir políticas linguísticas para debater mecanismos que definem o(s) uso(s) da linguagem e verificar que as práticas linguísticas heterogêneas acompanham a evolução sociocultural de todas as línguas do mundo, de modo que os movimentos em direção à homogeneidade são determinados por fatos sociais, políticos e históricos. Os resultados apontam para maior visibilidade às indagações, dificuldades e experiências de professores em formação oriundas de situações sociolinguisticamente complexas, de onde se conclui que as discussões propostas são necessárias para que se compreendam melhor as práticas de linguagem contemporâneas, notadamente diversificadas e multimodais.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Djane Antonucci Correa, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, Paraná, Brasil

Departamento de Estudos da Linguagem

Área: Pragmática e ensino de língua

Références

AUSTIN, J. L. How to do things with words. Oxford: Clarendon Press, 1962.

BOURDIEU, P. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. 2. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRITTO, L. P. L. Educação linguística escolar: para além das obviedades. In: CORREA, D. A.; SALEH, P. B. de O. (Org.). Estudos da linguagem e currículo de Letras: diálogos (im)possíveis. Ponta Grossa: EDUEPG, 2008.

CALVET, L-J. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.

_______. As políticas linguísticas. São Paulo: Parábola Editorial, IPOL, 2007.

COOPER, R. L. Language planning and social change. Cambridge: Cambridge University Press, 1989.

CORREA, D. A. Política linguística e ensino de língua. Calidoscópio, v. 7, n. 1, p. 69-75, jan./abr. 2009a.

_______. A escrita em uma abordagem integracionista: um estudo introdutório. In: COSTA, J. C.; PEREIRA, V. W. (Org.). Linguagem e cognição: relações interdisciplinares. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2009b. p. 275-289.

_______. Aspects of writing and identity. Language Sciences (Oxford), v. 33, p. 667-672, 2011a.

_______. Políticas linguísticas e ensino: um convite à discussão. In: BATTISTI, E.; COLLISCHONN, G. (Org.). Língua e linguagens: perspectivas de investigação. v. 1. Pelotas: EDUCAT – Editora da Universidade Católica de Pelotas, 2011b. p. 105-124.

_______. Práticas linguísticas e ensino de língua: variáveis políticas. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. v. 1. Campinas: Pontes, 2014. p. 21-37.

DIONNE, H. A pesquisa-ação para o desenvolvimento local. Tradução de Michel Thiollent. Brasília: Líber Livro Editora, 2007.

FARACO, C. A. Por uma pedagogia da variação linguística. In: CORREA, D. A. (Org.). A relevância social da Linguística: linguagem, teoria e ensino. São Paulo: Parábola Editorial; Ponta Grossa, UEPG, 2007. p. 21-50.

_______. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

FISHMAN, J. A. Do NOT leave your language alone: the hidden status agendas within corpus planning in language policy. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associate Publishers, 2006.

FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

GATTI, B. Estudos quantitativos em educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 11-30, jan./abr. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ep/v30n1/a02v30n1.pdf>. Acesso em: 07 mai. 2016.

GERALDI, J. W. João Wanderley Geraldi. In: XAVIER, A. C.; CORTEZ, S. (Org.). Conversas com linguistas. Virtudes e controvérsias. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

______. Rethinking writing. London: Athlone. 2000.

HAUGEN, E. Language planning in Modern Norway. In: FISHMAN, J. (Ed.). Readings in the sociology of languages. Paris: Mouton de Gruyter, 1968. p. 673-687.

JABUR, E. N. A. Ensino de língua na escola pública. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. v. 1. Campinas: Pontes, 2014. p. 37-44.

MAKONI, S.; MEINHOF, U. Linguística aplicada na África: desconstruindo a noção de língua. In: MOITA LOPES, L. P. da. (Org.). Por uma linguística aplicada (in)disciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.

OLIVEIRA, G. M. A virada político-linguística e a relevância social da linguística e dos linguistas. In: CORREA, D. A. (Org.). A relevância social da Linguística: linguagem, teoria e ensino. São Paulo: Parábola Editorial; Ponta Grossa: UEPG, 2007. p. 79-93.

______. Línguas como Patrimônio Imaterial (06/01/2009). Disponível em: <http://www.ipol.org.br/>. Acesso em: 26 mar. 2009.

OLIVEIRA, G. M. de. Brasileiro fala português: Monolinguismo e Preconceito Linguístico. In: MOURA, H. M.; SILVA, F. L. (Org.). O direito à fala: a questão do preconceito linguístico. Florianópolis: Editora Insular, 2000. p. 83-84.

_______ (Org.). Declaração universal dos direitos linguísticos. Campinas: Mercado de Letras, Associação de Leitura do Brasil (ALB); Florianópolis: IPOL, 2003.

PAIVA, M. C. A variável gênero/sexo. In: MOLLICA, M. C.; LUIZA, B. M. (Org.). Introdução à sociolinguística: o tratamento da variação. São Paulo: Contexto, 2004.

PINTO, J. P. Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades. DELTA. Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, v. 23, p. 1-26, 2007.

_____. Da língua-objeto à práxis linguística: desarticulações e rearticulações contra hegemônicas. Linguagem em Foco, v. 2, p. 69-83, 2011.

_______. Hegemonias, contradições e desafios em discursos sobre língua no Brasil. In: CORREA, D. A. (Org.). Política Linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes Editores, 2014. p. 59-72.

RAMOS, H. Por uma Vida Melhor. Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos, 2011.

RAJAGOPALAN, K. ‘A ideologia de homogeneização: reflexões concernentes à questão da heterogeneidade na linguística’. Revista Letras, v. 14, n. 14, p. 21-37, 1997.

_______. Política linguística e a política da linguística. In: SIMÕES, D.; HENRIQUES, C. C. (Org.). Língua Portuguesa, Educação & Mudança. Rio de Janeiro: Ed. Europa, 2008. p. 11-22.

_______. “A norma linguística do ponto de vista da política linguística”. Manuscrito, 2009.

______. O professor de línguas e a suma importância do seu entrosamento na política linguística do seu país. In: CORREA, D. A. (Org.). Política Linguística e Ensino de Língua. v. 1. Campinas: Pontes, 2014. p. 73-82.

SILVA, D. N. A questão da identidade em perspectiva pragmática. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 8, p. 13-33, 2008.

SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. M.; ALENCAR, C. N. (Org.). Nova Pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014.

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo, Cultrix/EDUSP, 1969.

TELLES, J. A. “É pesquisa, é? Ah, não quero, não, bem!” Sobre pesquisa acadêmica e sua relação com a prática do professor de línguas. Linguagem & Ensino, v. 5, n. 2,

p. 91-116, 2002. Disponível em: <http://rle.ucpel.tche.br/php/edicoes/v5n2/f_joao.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2016.

THIOLLENT, M. Metodologia de pesquisa-ação. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2009.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. Tradução de Joice Elias Costa. São Paulo: Atlas, 2009.

Téléchargements

Publié-e

2017-11-21

Comment citer

Correa, D. A. (2017). Reflexões sobre política linguística e ensino de línguas: configurações de língua(gem) que orientam a formação inicial de professores. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(2), 561–576. https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1743

Numéro

Rubrique

Ensino de Língua Materna