Sintaxe do português em perspectiva construcional: propriedades e desafios
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v48i1.2179Parole chiave:
abordagem construcional, sintaxe, mudança linguística, construcionalização gramaticalAbstract
Apresenta-se e discute-se neste artigo a abordagem construcional da gramática no nível sintático da língua, bem como seus limites e desafios, a partir do aparato teórico da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), nos termos de Traugott e Trousdale (2013) e Bybee (2010, 2015), entre outros. Parte-se do pressuposto de que a língua, em todos os seus níveis, é uma rede de construções, tomadas estas como pareamento simbólico de sentido e forma, com base em Goldberg (1995, 2006) e Croft (2001); tais construções estabelecem relações verticais e horizontais na rede. Para demonstrar o tratamento construcional no nível sintático da gramática do português, elege-se a construção conectora textual, com base no esquema [LocV]conect, a partir da investigação de Rocha (2016). A autora, em perspectiva histórica, identifica e levanta os micropassos contextuais, ou neonálises, que levaram à construcionalização gramatical [LocV]conect na gramática do português.Downloads
Riferimenti bibliografici
BOOIJ, G. Construction Morphology. Oxford: Oxford University Press, 2010.
BOOIJ, G. Morphology in Construction Grammar. In: HOFFMANN, T.; TROUSDALE, G. (ed.). The Oxford Handbook of Construction Grammar. Oxford: Oxford University Press, 2013.
p. 255-273.
BYBEE, J. Language, Usage and Cognition. New York: Cambridge University Press, 2010.
BYBEE, J. Language Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.
CROFT, W. Radical Construction Grammar: syntactic theory in typological perspective. Oxford: Oxford University Press, 2001.
DIEWALD, G.; SMIRNOVA, E. “Paradigmatic integration”: the fourth stage in an expanded grammaticalization scenario. In: DAVIDSE, K. et al. (ed.). Grammaticalization and language change – new reflections. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 2012. p. 111-131.
GIVÓN, T. A compreensão da gramática. Tradução Maria Angélica Furtado da Cunha. São Paulo: Cortez/Edufrn, 2012.
GOLDBERG, A. Constructions: a construction approach to argument structure. Chicago: The University of Chicago Press, 1995.
GOLDBERG, A. Constructions at work: the nature of generalization in language. Oxford: Oxford University Press, 2006.
FISCHER, O. Grammaticalization as analogically driven change? Vienna English Working Papers, v. 18, n. 2, p. 3-23, 2009.
MARTELOTTA, M. E. Mudança linguística: uma abordagem baseada no uso. São Paulo: Cortez, 2011.
ROCHA, R. A. O esquema [LocV]conect: mudanças construcionais e construcionalização. 2016. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.
ROSÁRIO, I. C.; OLIVEIRA, M. R. Funcionalismo e abordagem construcional da gramática. Alfa: Revista de Linguística (UNESP. Online), v. 60, p. 233-259, 2016.
TRAUGOTT, E.; DASHER, R. Regularity in semantic change. Cambridge: Cambridge University Press, 2002.
TRAUGOTT, E.; TROUSDALE, G. Constructionalization and constructional changes. Oxford: Oxford University Press, 2013.
VAN DE VELDE, F. Degeneracy: the maintenance of constructional networks. In: BOOGAART, R.; COLLEMAN, T.; RUTTEN, G. (ed.). Constructions all the way everywhere: the extending scope of construction grammar. Berlin: Mouton de Gruyter, 2014.