Texto: uma busca de definição

Autori

  • Nelyse Apparecida Melro Salzedas Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Bauru, São Paulo http://orcid.org/0000-0002-5859-6391
  • Rivaldo Alfredo Paccola Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais http://orcid.org/0000-0002-2792-2748

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1726

Parole chiave:

texto, contexto, definição de texto, teorias do texto

Abstract

Nosso objetivo é discutir as várias definições de texto, sob o ponto de vista de diversos autores, já que não existe uma única. Seguindo a discussão de Enrique Bernárdez (1982), sob o ponto de vista da linguística textual, enumeraremos os teóricos que ora tendem para a pragmática (Schmidt, Hartmann, Galperin, Fonseca/Fonseca e Kozevniková); ora para o estruturalismo (Sakov); ora para o textema (Agrícola); ora aglutinando pontos linguísticos e pragmáticos, atividade linguística e sócio-comunicativa (Isenberg e Vichweger); ora para a situação sócio-comunicativa (Hausenblas); ora para o contexto situacional (Revzin). Considerando que o texto não é uma entidade imediatamente dada, para entendermos as condições de produção e recepção, fomos buscar uma experiência narrada na obra de Leal (1993), Fala maria favela, em que o contexto é determinante para sua realização. Para isso, Silva (2010) aponta o contexto como “conjunto de circunstâncias nas quais se insere um texto”. Assim, concluímos que o texto é uma unidade linguística fundamentalmente comunicativa, produto da atividade verbal humana, que possui sempre um caráter social.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Biografie autore

Nelyse Apparecida Melro Salzedas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Bauru, São Paulo

Graduada em Letras Neolatinas, pela PUC/São Paulo, 1952; doutora em Literatura, pela USP, 1973; livre-docente em Teoria Literária, pela UNESP/Assis, 1983; professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UNESP/Bauru, onde orienta alunos de mestrado e doutorado. Tem extensa experiência na área das Artes, com ênfase em Comunicação, Linguística e Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: artes, comunicação, leitura de textos verbais e não-verbais, e no campo da linguagem. O link para seu currículo Lattes é http://lattes.cnpq.br/2209143767198382.

Rivaldo Alfredo Paccola, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, Minas Gerais

Licenciado em Letras pela ITE/Botucatu, 1974; bacharel em Direito pela FKB/Itapetininga, 1981; Licenciado em Pedagogia pela UNIFAC/Botucatu, 1992; Mestre em Comunicação pela UNESP/Bauru (2002); Doutor em Educação pela UNESP/Marília (2012); Professor Adjunto da Faculdade Interdisciplinar em Humanidades da UFVJM, Departamento de Pedagogia; Professor do PPG em Educação da UFVJM, onde orienta alunos de mestrado. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em princípios da educação, discurso pedagógico, leitura, texto-imagem, cinema e imaginário, comunicação. O link para seu currículo Lattes é http://lattes.cnpq.br/1039421006825500

Riferimenti bibliografici

AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Tradução de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médica, 1990.

BARTHES, R. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2002.

BERNÁRDEZ, E. Introducción a la lingüística del texto. Madrid: Espasa-Calpe, 1982.

CARRETER, F. L. Diccionario de Términos Filológicos. Madrid: Editorial Gredos, 1953.

DUBOIS, J. et al. Dicionário de Linguística. Tradução de Frederico Pessoa de Barros et al. São Paulo: Cultrix, 1978.

FONSECA, F. I.; FONSECA, J. Pragmática, linguística e ensino de português. Coimbra, Almedina, 1977.

FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

ISENBERG, H. Riflessioni sulla teoria del testo. In: CONTE, M.-E. La lingüística testuale. Milão: Feltrinelli Economica, 1977. p. 66-85.

KERBRAT-ORECCHIONI, C. L'énonciation de la subjectivité dans le langage. Paris: Armand Colin, 1980.

LEAL, A. Fala maria favela: uma experiência criativa de alfabetização. 12. ed. São Paulo: Ática, 1993.

LERNER, D. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002.

PECHÊUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução de Eni Pulcinelli Orlandi. Campinas: Pontes, 1997.

PETÖFI, J. S. Text-grammars, text-theory and the theory of literature. Poetics: Journal of Empirical Research on Literature, the Media and the Arts, v. 2, Issue 3, p. 36-76, 1973.

REVZIN, I. I. On the continuous nature of the poetic semantics. Poetics: Journal of Empirical Research on Literature, the Media and the Arts, v. 3, Issue 2, p. 21-26, 1974.

ROSENTAL, D. E.; TELENKOVA, M. A. Slovar Trudnostei Russkogo Yazika (Dictionary of Difficult Words in the Russian Language). Moskow: Prosveshenie, 1984.

SCHMIDT, S. J. Linguística e teoria do texto. São Paulo: Pioneira, 1978.

SEARLE, J. R. Os actos de fala. Coimbra: Almedina, 1984.

SILVA, V. M. de A. e. As humanidades, os estudos culturais, o ensino da literatura e a política da língua portuguesa. Coimbra: Almedina, 2010.

TODOROV, T. O texto. In: DUCROT, O.; TODOROV, T. Dicionário enciclopédico das ciências da linguagem. São Paulo: Perspectiva, 1998, p. 267-271.

VAN DIJK, T. A. Théorie de la littérature. Paris: Picard, 1981.

Pubblicato

2017-11-21

Come citare

Salzedas, N. A. M., & Paccola, R. A. (2017). Texto: uma busca de definição. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(3), 1027–1040. https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1726

Fascicolo

Sezione

Linguística Textual