A segmentação da letra “a” na aquisição da escrita
Mots-clés :
Aquisição da Escrita, Ortografia, SegmentaçãoRésumé
Crianças em aquisição da escrita oscilam entre o convencional e o não convencional em momentos nos quais precisam registrar a letra “a”, principalmente, em dois contextos específicos: quando essa letra aparece em início de palavra ou quando funciona como artigo definido em sintagmas nominais. Supondo que essa oscilação indicia dúvidas sobre como segmentar a palavra ortográfi ca, neste artigo, o objetivo foi investigar, na trajetória de duas crianças, quais seriam os fatores linguísticos determinantes do aparecimento das segmentações não convencionais envolvendo a letra “a”. Utilizamos um corpus de 101 produções textuais elaboradas por essas duas crianças, durante quatro anos. A análise permitiu observar que fatores sintáticos, semânticos, morfológicos e fonológicos atuam conjuntamente para a emergência de segmentações não convencionais envolvendo a letra “a”.
Téléchargements
Références
ABAURRE, M. B. M.; FIAD, R. S.; MAYRINK-SABINSON, M. L. T. Cenas de aquisição da escrita: o trabalho do sujeito com o texto. 2. ed. Campinas: Mercado de letras, 2013. 195 p.
ALENCAR, P. V. Direcionalidade da aquisição do artigo defi nido frente a N próprio em contexto de input variável. 2006. 166f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
BISOL, L. O clítico e seu hospedeiro. Letras de Hoje, v. 40, n. 3, p. 163-184, 2005. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/fale/article/view/13700>. Acesso em: 2 out. 2014.
CÂMARA JR, J. M. Estrutura da língua portuguesa. 34. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1970.
CAPRISTANO, C. C.; CANGUSSÚ, T. A. Regularidades e tendências em segmentações não convencionais infantis: um olhar longitudinal. 2012. 49f. Relatório de iniciação científica (Iniciação científica em Letras) – Pró-Reitoria de Pesquisa, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2012.
CHACON, L. Hipersegmentações na escrita infantil: entrelaçamentos de práticas de oralidade e de letramento. Estudos Linguísticos, Campinas, v. 34, n. 4, 2005. Disponível em: < http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/edicoesanteriores/4publica-estudos-2005/4publica-estudos-2005-pdfs/1-convidado-lourenco.pdf >. Acesso em: 8 out. 2014.
CUNHA, A. P. A. As segmentações não-convencionais da escrita inicial: uma discussão sobre o ritmo linguístico do português brasileiro e europeu. 2010. 190f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2010.
KELLER, T. Um estudo experimental do acento secundário no português brasileiro. 2004. 158f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) – Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.
NESPOR, M.; VOGEL, I. Prosodic phonology: with a new foreword. Berlin: Mouton, 1986.
PEPERKAMP. S. On the prosodic representation of clitics. In: KLEINHENZ, U. Interfaces in phonology. Berlin: Akademie Verlag, 1996. p. 102-127.
SILVA, A. Alfabetização: a escrita espontânea. 2. ed. São Paulo: Contexto, 1994. 100p.
TAMANINE, A. M. B. A alternância nós/ a gente no interior de Santa Catarina. 2002. 132 f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2002.
TONELI, P. M. A palavra prosódica no português brasileiro: o estatuto prosódico das palavras funcionais. 2009. 164f. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.