Do estatuto pronominal de ‘a gente’ e cliticização

Autores/as

  • Jania M. Ramos Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
  • Francisca Paula Maia Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), Foz do Iguaçu, Paraná, Brasil

Palabras clave:

Pronome, Clítico, Gramaticalização, A Gente, Nominativo

Resumen

Neste artigo focalizamos a polêmica sobre o estatuto pronominal dea gente no português brasileiro, instaurada por Taylor (2009). Assumindo a direcionalidade da gramaticalização como direcionalidade de movimento sintático (ROBERTS; ROUSSOU, 2003), a trajetória “a gente> a’ent> ent” é apresentada como movimento de N para D. Supondo que a direcionalidade é uma escala implicacional, argumentamos que a cliticização de ‘a gente’ implica por si apronominalização.

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Publicado

2016-02-15

Cómo citar

Ramos, J. M., & Maia, F. P. (2016). Do estatuto pronominal de ‘a gente’ e cliticização. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 44(1), 390–400. Recuperado a partir de https://revistadogel.emnuvens.com.br/estudos-linguisticos/article/view/897

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