O gênero epistolar como instância enunciativa legitimadora do modernismo brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v45i3.672Palabras clave:
cena de enunciação, gênero epistolar, modernismo brasileiro, Mário de Andrade, Carlos Drummond de Andrade.Resumen
De acordo com Dominique Maingueneau, na obra Discurso Literário (2012), todo enunciado, inclusive a obra literária, implica uma cena de enunciação, o que justifica sua proposta de apreender as obras enquanto dispositivos de comunicação. A respeito da cena de enunciação, o autor ainda esclarece que ela se constitui de três cenas que operam sobre planos complementares, a saber: a cena englobante, a cena genérica e a cenografia. A partir desta categoria enunciativa e de outros conceitos, objetivamos, neste trabalho, analisar de que maneira o gênero epistolar se constituiu, entre os modernistas brasileiros, como uma instância enunciativa privilegiada por meio da qual se buscou fundar e legitimar o movimento modernista no campo da arte brasileira. Para tanto, analisaremos, especificamente, algumas cartas trocadas entre Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade.
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Citas
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