“O rouge virou blush”. Será, Veríssimo? O que nos dizem os dados do Atlas Linguístico do Brasil/Centro-Oeste

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1756

Palabras clave:

norma linguística, centro-oeste, rouge, Projeto ALiB

Resumen

Tendo por base a teoria do Relativismo Linguístico Sapir-Whorf, entendemos a língua como objeto social, meio pelo qual os homens, além de transmitir crenças, hábitos e conhecimentos, também compreendem sua realidade e mesmo a transformam. Nesse sentido, este estudo discute traços da realidade linguística do Centro-Oeste a partir dos nomes para rouge/blush proferidos pelos informantes do Projeto Atlas Linguístico do Brasil entrevistados em 21 localidades do interior e também nas três capitais de Estados dessa região, tendo por base o aporte teórico da Lexicologia, da Dialetologia e da Geolinguística. Como objetivos do trabalho, busca-se compreender como a realidade linguística pode revelar características como relações sociais e aspectos sócio-histórico-econômicos da comunidade em questão, além de se ratificar a importância dos estudos lexicais para o (re)conhecimento de realidades linguísticas em determinado tempo e espaço, aqui representados pelo Centro-Oeste no limiar do século XXI.

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Biografía del autor/a

Daniela de Souza Silva Costa, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Aquidauana, Mato Grosso do Sul

Professora Assistente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Aquidauana CPAQ, nas áreas de Língua Portuguesa e Linguística. Doutoranda em Estudos de Linguagens pela Universidade Estadual de Londrina (PR), mestre pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, membro da equipe do Projeto Atlas Linguístico do Brasil - Regional Mato Grosso do Sul, do Projeto Atlas Toponímico do Estado de Mato Grosso do Sul e do Tesouro do léxico patrimonial galego e português - Brasil, pesquisadora nas áreas de Sociolinguística, Dialetologia e Geolinguística.

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Publicado

2017-11-21

Cómo citar

Costa, D. de S. S. (2017). “O rouge virou blush”. Será, Veríssimo? O que nos dizem os dados do Atlas Linguístico do Brasil/Centro-Oeste. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(1), 390–404. https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1756

Número

Sección

Sociolinguística e Dialetologia