Padrões de nominalização em línguas da família Arawák
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v51i3.3273Abstract
A nominalização é um processo de aquisição de propriedades nominais que se aplica ao nível semântico, morfológico e sintático (SERRANO, no prelo). Esse fenômeno significa em sua essência tornar “algo” em um nome (COMRIE; THOMPSON, 2007). Assim, ela faz com que um verbo ou outras classes gramaticais se transformem em nomes. O presente artigo tem como objetivo descrever esse processo em algumas línguas da família Arawák. Selecionamos as línguas de acordo com o agrupamento de Aikhenvald (1999), que divide as línguas dessa família em dois grupos: Norte-Arawák e Sul-Arawák. Assim, analisamos quatro línguas do grupo Norte-Arawák (Baniwa de Içana, Tariana, Lokono, Wapixana) e quatro línguas do grupo Sul-Arawák (Apurinã, Ashéninka Perene, Baure e Mehináku). A escolha dessas línguas se deve ao fato de que tal fenômeno é um processo derivacional produtivo entre elas. O foco é verificar a nominalização de verbos. Como resultado, as línguas de análise exibem a nominalização de estado ou ação; (ii) participativa (agentiva/paciente); (iii) instrumental e (iv) locativa. Entre esses quatro tipos, verificamos que a nominalização de ação/estado e participativa (agentiva) são mais predominantes, enquanto a locativa é a menos comum.
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