A NOÇÃO DE SUJEITO NA SEMÂNTICA DO ACONTECIMENTO
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v18i1.3010Palavras-chave:
Sujeito. Enunciação. Semântica do Acontecimento.Resumo
Este artigo tem como objetivo propor uma reflexão sobre a noção de sujeito na Semântica do Acontecimento, proposta e desenvolvida pelo pesquisador brasileiro Eduardo Guimarães, como uma Semântica Histórica da Enunciação. Para tanto, partimos da leitura de duas obras relevantes publicadas por esse autor, a saber: Semântica do Acontecimento: um estudo enunciativo da designação (2002) e Semântica, enunciação e sentido (2018). Numa perspectiva enunciativa, buscamos levar em conta a definição e a caracterização da noção teórica de sujeito, bem como seu lugar e seu funcionamento no interior da referida teoria, compreendendo que trouxe uma contribuição à ciência linguística ao provocar atualizações na forma de conceber tal categoria. Trataremos do funcionamento da noção de sujeito, exemplificando em textos. Como resultado disso, observamos que o sujeito é uma questão linguística e enunciativa, que é agenciado politicamente pelo espaço de enunciação e que mais cabe falar em “lugares enunciativos”, “posição”, “falante” que, ao enunciar, torna-se três: Locutor (L), locutor (l-x) e Enunciador (E) e “figuras da cena enunciativa” do que em sujeito propriamente. Esse entendimento mostra que ele não é pensado como uma figura una, homogênea e com intenções. Por ser assim considerado na Semântica do Acontecimento, é pouco recorrente a palavra “sujeito” nos livros citados.
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