Memória e metaficção em "A resistência", de Julián Fuks
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v16i2.2765Palavras-chave:
Memória. Acontecimento. Semiótica tensiva. Metaficção.Resumo
Este artigo analisa o romance A resistência, de Julián Fuks (2015), com base no instrumental teórico da semiótica francesa. No texto, observam-se duas narrativas imbricadas: o relato das memórias do narrador sobre a vida pretérita familiar, marcada pela adoção de uma criança durante a ditadura militar argentina, e o relato sobre a elaboração do romance. Nosso objetivo é apreender o modo como o narrador protagonista constrói suas memórias e as estratégias que utiliza para construir a obra literária, de caráter metaficcional. Utilizamos especialmente o conceito de acontecimento, desenvolvido por Claude Zilberberg (2011), de memória do acontecido e memória-acontecimento, estabelecidos por Mariana Luz Pessoa de Barros (2015), com a finalidade de desvelar a forma de elaboração dos sentidos do romance.
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