POESIA E CRÍTICA: POR UMA LEITURA INTERVALAR EM DEFESA DO LEITOR SITIADO
Resumo
O objetivo deste artigo é propor algumas considerações sobre os vínculos entre poesia e crítica na contemporaneidade, de um modo geral, embora os argumentos amparem-se na situação brasileira, em particular. Não se espera aqui, nestas poucas páginas, possibilitar ampla discussão sobre o assunto e, claro, menos ainda, esgotar aspectos que mereceriam, cada um deles, um ensaio particular. Meu intento é antes apresentar alguns caminhos para a reflexão acerca das relações entre a poesia e a crítica e, em especial, entre o leitor da crítica de poesia, a poesia e a crítica, ainda que essas instâncias possam confundir-se. Da maneira como as percebo, tais relações são intervalares, porque se abrem à leitura desafiando o leitor a percorrer as malhas do texto, esgarçando espaços em busca da percepção dos elementos sobre os quais o discurso crítico se debruça e se desdobra, seja pela crítica na poesia, aquela que surge no escopo do próprio poema, seja pela crítica da poesia. Essa leitura do intervalo não tem função apaziguadora, pelo contrário, é desestabilizadora (STERZI, 2006).
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