ENTRE O DISCURSO OFICIAL E O DISCURSO KINIKINAU: AS REPRESENTAÇÕES DE ESCOLA E TERRITÓRIO .
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v14i1.1445Palavras-chave:
Kinikinau. Representação de escola e território. Identidade.Resumo
Baseando-nos no discurso do documento oficial das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica (2012) e no discurso do povo Kinikinau temos como objetivo problematizar a construção identitária dos Kinikinau e analisar as representações de escola e território que perpassam esses discursos. A fim de buscar, valendo-nos das regularidades enunciativas, as formações discursivas e os interdiscursos que tecem os fios discursivos, visando uma discussão sobre os efeitos de sentidos gerados, desenvolvemos este artigo sob a perspectiva transdisciplinar da Análise do Discurso de linha Francesa, dialogando com os Estudos Culturalistas, e pautando-nos no processo de referenciação linguística e no método arqueogenealógico foucaultiano (2008; 2012). Partindo dos estudos de Authier-Revuz (1998); Coracini (2007); Foucault (2008, 2012); Orlandi (2008; 2009); Pêcheux (1988); Bauman (2005); Castells (2010) e Hall (2013), constatamos que os Kinikinau, estando em território de fronteira, ressignificam suas práticas sociais, e de que o discurso do documento oficial aponta para representações de escola e território atravessadas por formações discursivas e interdiscursos atrelados a questões políticas, contrariando os objetivos pelos quais foi criado e se divergindo das representações construídas pelos Kinikinau, articuladas em princípios culturais.
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