O domínio não-composicional: diminutivos e aumentativos no português brasileiro

Autores

  • Paula Roberta Gabbai Armelin Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

não-composicionalidade, localidade, fase, diminutivo, aumentativo

Resumo

Este artigo investiga o domínio sintático da interpretação não-composicional, a partir de dados de diminutivo e aumentativo do português brasileiro. Propõe-se que tais morfemas, em formações não-composicionais, são núcleos categorizadores nominais e tal estatuto influencia na computação de localidade nas estruturas sintáticas. Baseado em dados no qual um afixo intervém entre a raiz e o morfema de diminutivo/aumentativo, defende-se, em linha com o modelo Exoesqueletal (BORER, 2003, 2005a, 2005b, 2013), que a divisão entre elementos que projetam estrutura funcional e elementos que projetam estrutura lexical é necessária, uma vez que os primeiros, mas não os últimos, definem domínios de interpretação não-composicional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALCÂNTARA, Cíntia da Costa. As classes formais do português e sua constituição: um estudo à luz da teoria da morfologia distribuída. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

ALCÂNTARA, Cíntia da Costa. As classes formais do português brasileiro. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 45, n. 1, p. 5-15, 2010.

ANAGNOSTOPOULOU, Elena; SAMIOTI, Yota. Domains within words and their meanings: A case study. In: The Syntax of Roots and the Roots of Syntax, edited by Artemis Alexiadou, Hagit Borer, and Florian Schäfer. Oxford: Oxford University Press, 2014.

ARAD, Maya. Locality constraints on the interpretation of roots: The case of Hebrew denominal verbs. Natural Language & Linguistic Theory, v. 21, p. 737-778, 2003.

ARAD, Maya. Roots and patterns: hebrew morpho-syntax. Dordrecht: Springer, 2005.

ARMELIN, Paula Roberta Gabbai. Sobre a interação entre as marcas de diminutivo e aumentativo no português brasileiro. ReVEL, edição especial n. 5, 2011.

ARMELIN, Paula Roberta Gabbai. Classifying Nominals in Brazilian Portuguese: a Unified Account for Gender and Inflectional Class. In: Complex Visibles Out There. Proceedings of the Olomouc Linguistics Colloquium 2014: Language Use and Linguistic Structure, edited by Ludmila Veselovská and Markéta Janebová. Olomouc: Palacký University, 2014.

ARMELIN, Paula Roberta Gabbai. Sobre a relação estrutural entre diminutivo e Gêneronos nominais do português brasileiro: considerações localistas. Talk given at IX Congresso Internacional da Abralin. Universidade Federal do Pará, 2015.

ARMELIN, Paula Roberta Gabbai. A relação entre gênero e morfologia avaliativa nos nominais do português brasileiro: uma abordagem sintática da formação de palavras. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo. [in preparation]

BACHRACH, Asaf; MICHAEL, Wagner. Syntactically driven cyclicity vs. Output-output correspondence: the case of adjunction in diminutive morphology. Penn Working Papers in Linguistics, v. 10, n. 1, 2007.

BISOL, Leda. Diminutives and their demands. DELTA, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 59-83, 2010.

BORER, Hagit. Exo-skeletal vs. endo-skeletal explanations: syntactic projections and the lexicon. In: Explanation in Linguistic Theory, edited by M. Polinsk and J. Moore. Stanford: CSLI, 2003.

BORER, Hagit. In name only: structuring sense Vol. I. Oxford: Oxford University Press, 2005a.

BORER, Hagit. The normal course of events: structuring sense, Vol. II. Oxford: Oxford University Press, 2005b.

BORER, Hagit. Roots and categories. Talk given at the 19th Colloquium on Generative Grammar. University of the Basque Country, Vitoria-Gasteiz. 2009.

BORER, Hagit. Taking form: structuring sense, Vol. III. Oxford: Oxford University Press, 2013.

BORER, Hagit. Derived nominal and the domain of Content. Lingua, v. 141, p. 71-96, 2014.

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1970.

CHOMSKY, Noam. Derivation by Phase. In: CHOMSKY, Noam. Ken hale: a life in language. Edited by M. Kenstowicz. Cambridge, MA: MIT, 2001. p. 1-52.

EMBICK, David. Localism vs. globalism in morphology and phonology. Cambridge MA: MIT Press, 2010.

EMBICK, David; NOYER, Ralf. Distributed Morphology and the Syntax/Morphology interface. Edited by Gillian Ramchand and Charles Reiss. The Oxford Handbook of Linguistic Interfaces. Oxford: Oxford University Press, 2007.

FERREIRA, Marcelo. Diminutives in Brazilian Portuguese and Output-Output Correspondence. In: Theoretical and Experimental Approaches to Romance Linguistics. Selected papers from the 34 th Linguistic Symposium on Romance Languages (LSRL), Salt Lake City, 2004, edited by Randall Gess and Edward J. Rubin. NewYok: John Benjamin Publishing Company, p. 109-123, 2005.

HALLE, Morris; MARANTZ, Alec. Distributed Morphology and the pieces of inflection. In: The view from building 20, edited by Kenneth Hale and Samuel Jay Keyser. Cambridge: MIT Press, 1993. p. 111-176.

HARRIS, James W. Nasal Depalatalization No, Morphological Well-formedness Sí: The Structure of Spanish Word Classes. In: Papers on Morphology and Syntax: Cycle One, edited by Karlos Arregi, Benjamin Bruening, Cornella Krause, and Vivian Lin, Cambridge, MA: MIT, p. 47–82, 1999.

KIPARSKY, Pauk. Lexical phonology and morphology. Seoul: Linguistics in the Morning Calm, Hanshin, 1982.

LEE, Seung-Hwa. Sobre a formação de diminutivo do português brasileiro. Revista de Estudos da Linguagem, v. 8, n. 1, 1999.

LEITE, Yonne de Freitas. Portuguese Stress and Related Rules. Tese de Doutorado. Universidade do Texas, 1974.

LEMLE, Miriam. Aspectos arbitrários e composicional na morfologia derivacional. Talk given at the II Colóquio Brasileiro de Morfologia. UFRJ, 2013.

MARANTZ, Alec. No escape from syntax: don’t try morphological analysis in the privacy of your own lexicon. Proceedings of the 21 st Annual Penn Linguistics Colloquium: Peen Working Papers in Linguistics, edited by Alexis Dimitriadis et al., v. 4, n. 2, p. 201-225, 1997.

MARANTZ, Alec. Words and Things. Manuscrito. NYU, 2001.

MARANTZ, Alec. Phases and words. Manuscrito. NYU, 2007.

MARANTZ, Alec. Locality Domains for Contextual Allomorphy across the Interfaces. In: MATUSHANSKY, O.; MARANTZ, A. (Org.) Distributed morphology today: morphemes for Morris Halle. Cambridge Mass: MIT Press, 2013. p. 95-116.

MEDEIROS, Alessandro Boechat de. Aumentativos em verbos e nominalizações: um estudo sobre chorões e reclamões. Trabalho apresentado no VIII Congresso Internacional da Abralin. Natal. Rio Grande do Norte, 2013.

MENUZZI, Sergio de Moura. On the prosody of diminutive alternation -inho/-zinho in Brazilian Portuguese. 1993. Unpublished Ms. HIL. University of Leiden.

MORENO, Cláudio. Os Diminutivos em -inho e -zinho, e a Delimitação do Vocábulo Nominal em Português. 1977. M.A. Dissertation – IL/UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 1977.

MORENO, Cláudio. Morfologia nominal do português: um estudo de fonologia lexical. Tese (Doutorado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1997.

OLTRA-MASSUET, Isabel. On the notion of theme vowel: a new approach to Catalan verbal Morphology. Master Thesis. MIT, Cambridge, 1999.

VILALVA, Alina. Estruturas morfológicas: unidades e hierarquias nas palavras do português. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.

WILTSCHKO, Martina; STERIOPOLO, Olga. Parameters of variation in the syntax of diminutives. Proceedings of the 2007 annual conference of the Canadian Linguistic Association, 2007.

Publicado

2015-04-21

Como Citar

Gabbai Armelin, P. R. (2015). O domínio não-composicional: diminutivos e aumentativos no português brasileiro. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 43(01), 395–410. Obtido de https://revistadogel.emnuvens.com.br/estudos-linguisticos/article/view/447

Edição

Secção

Morfologia