Visões sobre a guerra: ethé discursivos e cenas de enunciação no filme documentário Eu era um soldado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v52i3.3614

Resumo

Este artigo apresenta como material de análise o filme documentário Eu era um soldado (1971), de Krzysztof Kieslowski e Andrzej Titkow, no qual cinco ex-combatentes do exército polonês rememoram suas últimas experiências na Segunda Guerra Mundial, quando foram atingidos por tropas nazistas e, consequentemente, perderam a visão. Em seus relatos, eles abordam as adversidades que enfrentam desde aquele episódio, falam da recuperação do trauma causado pela cegueira e, finalmente, explicitam suas atuais opiniões sobre as guerras. Nesse contexto, objetiva-se analisar os ethé discursivos, as cenas de enunciação e o discurso cinematográfico presentes nessa obra. Para tanto, esta pesquisa se embasa em teorias da Análise do Discurso e da Análise da Linguagem Cinematográfica, principalmente nas contribuições de Maingueneau (2006, 2011, 2016) relativas a ethos discursivo e cenas de enunciação; Xavier (2005) sobre o discurso cinematográfico; e Plantinga (2005) acerca do gênero filme documentário. Como resultado, conclui-se que a interação entre os ethé discursivos daqueles soldados e as cenas de enunciação construíram um poderoso discurso antiguerra.

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Biografia Autor

Thaisa Pinheiro Carvalho, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil

 

 

Publicado

2024-12-16

Como Citar

Carvalho, T. P., & Curcino, L. (2024). Visões sobre a guerra: ethé discursivos e cenas de enunciação no filme documentário Eu era um soldado. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 52(3), 650–661. https://doi.org/10.21165/el.v52i3.3614

Edição

Secção

Artigos