Entre o ícone e o símbolo: motivação e arbitrariedade no encontro de texto e tela
Palavras-chave:
motivação, arbitrariedade, literatura e pintura.Resumo
Pela análise comparada do conto “Eu era mudo e só” (1958), de Lygia Fagundes Telles, e da tela L’homme au journal (1927/1928), de René Magritte, demonstramos como o conto, ao utilizar recursos próprios da linguagem literária, aproxima-se da concepção de signo icônico de Peirce e a tela, em um processo contrário, revela o grau de arbitrariedade e convenção que os signos pictóricos comportam. Ambas as obras revelam um modo específico de relacionamento
com a realidade que representam e, por meio de caminho opostos, aproximam-se no que tange à consciência do material sígnico de que são compostos.