A Expressão da Morte em “Ligeia” e em “Véra”

Autores

  • Lígia Maria Pereira de Pádua Xavier

Palavras-chave:

Edgar Allan Poe, Villiers de l’Isle-Adam, Duplo, Simbolismo/Decadentismo.

Resumo

A fuga da realidade provocada pelo entorpecimento da consciência diante da morte é o que move os contos “Ligeia” (1838), de Edgar Allan Poe, e “Véra” (1876), de Villiers de l’ Isle-Adam, obras-primas do conto poético de gênero fantástico. Esse movimento de fuga está diretamente associado ao seu temor. O “fin de siècle” vem selar a consciência da impotência humana perante a morte, levando assim a sociedade a um estado niilista de morbidez coletiva. Esse desespero fora expresso, em termos literários, pelo apelo ao sobrenatural, com o florescimento do gênero fantástico, e posteriormente pela estética simbolista e decadentista. Nas narrativas em questão, a morte é o centro gravitacional e todos os seus elementos são por ela configurados e sua presença obsessiva se dá por meio da presença obsessiva dos mortos, reivindicada pelo fenômeno da duplicidade.

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Publicado

2016-04-04

Como Citar

Xavier, L. M. P. de P. (2016). A Expressão da Morte em “Ligeia” e em “Véra”. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 41(3), 1147–1155. Obtido de https://revistadogel.emnuvens.com.br/estudos-linguisticos/article/view/1151

Edição

Secção

Literatura Estrangeira