Violência e senso utópico em "Selva Trágica", de Hernani Donato

Autores

  • Ramiro Giroldo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1692

Palavras-chave:

Selva Trágica, Hernani Donato, representação, utopia

Resumo

O artigo discute a obra Selva Trágica, de Hernani Donato, propondo-se a investigar as opções adotadas na representação da violência dirigida aos trabalhadores do cultivo da erva-mate na fronteira Brasil-Paraguai, em princípios do século XX. O percurso argumentativo se detém na conjunção entre denúncia e ficção elaborada no romance, bem como no impacto da violência nas ações dos personagens em meio a um contexto opressivo, responsável por inibir a emergência de formulações críticas individualizadas e por eliminar a chance de liberdade. O artigo busca, dessa forma, responder se a negatividade de Selva Trágica permite o vislumbre de um horizonte utópico, e de que maneira tal acontece. Os referenciais teóricos basilares são a abordagem de Luiz Costa Lima da representação e de Ernst Bloch da utopia.

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Biografia do Autor

Ramiro Giroldo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Letras-Inglês pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2005), mestrado em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2008) e doutorado em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2012). Atualmente é Professor Adjunto A da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. É, desde 2013, Bolsista de Desenvolvimento Científico Regional-C alocado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com financiamento CNPq/FUNDECT.

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Publicado

21-11-2017

Como Citar

Giroldo, R. (2017). Violência e senso utópico em "Selva Trágica", de Hernani Donato. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(3), 1124–1133. https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1692

Edição

Seção

Literatura Brasileira