O conceito saussuriano de língua: desdobramentos

Auteurs-es

  • Norma Discini Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, São Paulo

DOI :

https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1741

Mots-clés :

língua, fala, enunciação, discurso

Résumé

A língua, concebida por Saussure como sistema de signos e como organização gramatical vinculada à faculdade da linguagem, favorece a compreensão que se tem de um mundo tecido pela própria linguagem. Por outro lado, os herdeiros do saussurismo, entre os quais está Benveniste (1995), passam a cotejar “o homem na língua” como uma enunciação sistematizada, embora a fala tenha sido concebida por Saussure como um ato individual de vontade e inteligência, que, contraposto ao sistema linguístico, não é passível de descrição. Fala regrada remete a discurso. No debate desses pontos ficarão assentadas nossas reflexões, que procurarão trazer à luz mecanismos segundo os quais toma corpo “o homem na língua”, tal qual antevisto no interior de seus textos e dos seus discursos.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

BADIR, S. Hjelmslev. Paris: Les Belles Lettres, 2000.

BAKHTIN, M. M. (V. N. Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. Tradução de Michel de Lahud e Yara Frateschi Vieira. Prefácio de Roman Jakobson. Apresentação de Marina Yaguello. 4. ed. São Paulo: Hucitec, 1988a.

BAKHTIN, M. Questões de literatura e de estética. A teoria do romance. Tradução de Aurora Fornoni Bernardini et al. São Paulo: Hucitec, 1988b.

BENVENISTE, E. Problemas de Linguística Geral II. Tradução de Eduardo Guimarães et al. Campinas: Pontes, 1989.

________. Problemas de Linguística Geral I. Tradução de Maria da Glória Novak e Maria Luisa Neri. 4. ed. Campinas: Pontes, 1995.

BILAC, O. Poesia. Rio de Janeiro: Livraria Agir Editora, 1968.

DISCINI, N. Corpo e estilo. São Paulo: Contexto/ FAPESP, 2015.

FIORIN, J. L. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática, 1988.

_______. As astúcias da enunciação. As categorias de pessoa, espaço e tempo. São Paulo: Ática, 1996.

FOUCAULT, M. L´Archeologie du savoir. Paris : Gallimard, 1969.

GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de Semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Contexto, 2008.

HJELMSLEV, L. Prolegômenos a uma teoria da linguagem. 2. ed. Tradução de J. Teixeira Coelho Neto. São Paulo: Perspectiva, 2003.

MAINGUENEAU, D. Os termos-chave da Análise do Discurso. Tradução de Maria Adelaide P. P. Coelho da Silva. Lisboa: Gradiva, 1997.

_______. Gênese dos discursos. Tradução de Sírio Possenti. São Paulo: Criar, 2005.

_______. Discours et analyse du discours. Introduction. Paris: Armand Colin, 2014.

PÊCHEUX, M.; FUCHS C. Mise au point et perspectives à propos de l’analyse automatique du discours. Langages, 9e année, n. 37. Analyse du discours, langue et idéologies, sous la direction de Michel Pêcheux, 1975. p. 7-80. Disponível em: <http://www.persee.fr/doc/lgge_0458-726x_1975_num_9_37_2612>. Acesso em: 21 jul. 2016.

QUEIROZ, M. I. P. de. Ufanismo paulista: vicissitudes de um imaginário. In: Revista USP, Publicação trimestral da Superintendência de Comunicação Social (SCS/USP),

n. 13, p. 79-87, 1992.

SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. 2. ed. Tradução de Antônio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1970.

Téléchargements

Publié-e

2017-11-21

Comment citer

Discini, N. (2017). O conceito saussuriano de língua: desdobramentos. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(3), 958–970. https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1741

Numéro

Rubrique

Análise do Discurso