Definições terminológicas negativas: um mal necessário?

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v50i2.2944

Palabras clave:

terminologia, definição terminológica, definição negativa.

Resumen

As convenções sobre elaboração de definições terminológicas, em geral, recomendam evitar o uso de estruturas negativas sempre que possível. Com isso, as definições negativas têm sido pouco ilustradas e discutidas. O objetivo deste artigo é analisar um conjunto desse tipo de definição e observar os casos em que pode ser utilizado. Para tal, fundamentou-se nos preceitos teóricos da Terminologia (CABRÉ, 1993; FINATTO, 2003; KRIEGER; FINATTO, 2004; BARROS, 2004; ALMEIDA; PINO; SOUZA, 2007; GALDIANO; ZAVAGLIA, 2015; SAGER, 1993; BARITÉ, 2017). Foram analisadas definições negativas utilizadas tanto no discurso especializado quanto em trabalhos terminográficos em diferentes áreas de especialidade. Observou-se que as definições negativas foram usadas para definir termos que expressam conceitos que têm como traço principal a ausência de uma característica, com valor negativo, que apresentam formantes negativos em suas estruturas, ou que mantêm relação de oposição com outro(s) termo(s), distinguindo-se dele(s) pela ausência de uma característica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ivanir Azevedo Delvizio, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), Rosana, São Paulo, Brasil

Doutora em Estudos Linguísticos e professora adjunta da UNESP.

Francine de Assis Silveira, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, Minas Gerais, Brasil

Doutora em Estudos Linguísticos e professora da UFU.

Citas

ALMEIDA, G. M. B.; PINO, D. H. P.; SOUZA, D. S. L. A definição nos dicionários especializados: proposta terminológica. Debate Terminológico, v. 3, 2007. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/riterm/article/view/23812. Acesso em: 30 set. 2020.

ALPÍZAR-CASTILLO, R. Cómo hacer un diccionario científico técnico. Buenos Aires: Editorial Memphis, 1997.

ANDRADE, M. M. Conceito/definição em dicionários da língua geral e em dicionários de linguagens de especialidade. Cadernos do CNLF, Rio de Janeiro, v. 1, n. 10, 2000 [não paginado].

ARNTZ, R.; PICHT, H. Introducción a la terminología. Madrid: Fundación Germán Sánchez Ruipérez,1995.

AZARIAN, J.; TEBÉ, C. La metodología de elaboración de definiciones terminológicas en vocabularios normalizados: análisis en normas UNE. Debate Terminológico, n. 7, p. 2-23, abr. 2011. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/riterm/article/view/20710. Acesso em: 30 set. 2020.

BARITÉ, M. La definición en terminología. In: ÁLVAREZ CATALÁ, S.; BARITÉ, M. (coords.). Teoría y práxis en terminología. Montevidéu: Universidad de la República, 2017. Disponível em: https://www.csic.edu.uy/sites/csic/files/barite_teoria_y_praxis_en_terminologia_fic.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.

BARROS, L. A. (coord.). Dicionário de Dermatologia. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: http://www.culturaacademica.com.br/catalogo/dicionario-de-dermatologia/. Acesso em: 30 set. 2020.

BARROS, L. A. Curso básico de terminologia. São Paulo: EDUSP, 2004.

BRASIL. Ministério do Turismo. Marcos conceituais do turismo. Brasília, 2006. Disponível em: http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Marcos_Conceituais.pdf. Acesso em: 2006.

CABRÉ, M. T. La terminología: Representación y comunicación. Barcelona, Institut Universitari de Lingüistica Aplicada, Universitat Pompeu Fabra, 1999.

CABRÉ, M. T. La terminología: teoría, metodología, aplicaciones. Tradução de Carles Tebé. Barcelona: Editorial Antártida/Empúries, 1993.

CABRÉ, M. T. La terminologia: la teoria, els mètodes, les aplicacions. Barcelona: Empúries, 1992.

DESMET, I. A análise do sentido em terminologia: teoria e prática da definição terminológica. Tradterm, v. 8, p. 169-188, 2002. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49129. Acesso em: 30 set. 2020.

DIAS, C. Elaboração de definições e busca de equivalentes em inglês para um conjunto de termos da hotelaria. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Turismo) – Câmpus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rosana, 2018.

DUBUC, R. Manual práctico de terminología. Chile: RiL Editores, 1999.

FELBER, H.; PICHT, H. Métodos de terminografía y principios de investigación terminológica. Madrid: Instituto Miguel de Cervantes-CSIC, 1984.

FINATTO, M. J. B. A definição de termos técnico-científicos no âmbito dos estudos de terminologia. Revista de Estudos da Linguagem, Belo Horizonte, v. 11, n. 1, p. 197-222, jan./jun. 2003. Disponível em: http://periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/2351. Acesso em: 30 set. 2020.

GALDIANO, I.; ZAVAGLIA, C. A definição terminológica em um glossário da Farmacovigilância: algumas considerações. Revista GTLex, v. 1, n. 1, p. 91-109, 2015. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/GTLex/article/view/31748. Acesso em: 30 set. 2020.

GAPPER, S. E. Manual de gestión terminológica. Heredia, Costa Rica: EUNA, 2008

INTERNATIONAL UNION OF ASTRONOMY. Resolution B5. Definition of a planet in the solar system. 2006. Disponível em: https://www.iau.org/static/resolutions/Resolution_GA26-5-6.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.

ISO 1087. Terminology work: vocabulary. Part 1: Theory and application, 2000.

ISO 704. International Standard. Principles and methods of terminology. Switzerland, 1987.

KRIEGER, M.; FINATTO, M. J. B. Introdução à Terminologia: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2004.

O PAVEL: curso interativo de terminologia. Disponível em: http://www.termium.gc.ca/didacticiel_tutorial/portugues/lecon3/page3_5_3_p.html. Acesso em: 15 jan. 2020.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO). 1946. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organizacao-Mundial-da-Saude/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html. Acesso em: 30 set. 2020.

PAVEL, S.; NOLET D. Manual de Terminologia. Tradução de Enilde Faulstich. Ottawa: Public Works and Government Services Canada, 2002. Disponível em: https://linguisticadocumentaria.files.wordpress.com/2011/03/pavel-terminologia.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.

PEREIRA, B. S.; DELVIZIO, I. A.; BUENO, F. P. Unidade de conservação: um termo brasileiro para áreas naturais protegidas. In: TAVARES, G. (org.). Turismo, lazer e negócios. Ponta Grossa: Atena, 2019. p. 320-337. Disponível em: https://www.atenaeditora.com.br/wp-content/uploads/2019/05/e-book-Turismo-Lazer-e-Negocios.pdf. Acesso em: 30 set. 2020.

PONTES, A. L. Dicionário para uso escolar: o que é como se lê. Fortaleza: EdUECE, 2009.

SAGER, J. C. Curso práctico sobre el procesamiento de la terminología. Madrid: Pirámide, 1993.

SANTOS, P. S. S. Proposta de modelo de definição para os termos referentes às atividades de aventura. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Turismo) – Câmpus Experimental de Rosana, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rosana, 2016.

Publicado

2021-07-23

Cómo citar

Delvizio, I. A., & Silveira, F. de A. (2021). Definições terminológicas negativas: um mal necessário?. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 50(2), 597–616. https://doi.org/10.21165/el.v50i2.2944

Número

Sección

Artigos