Douglas Diegues: metapoesia e outras metas
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1709Palabras clave:
poesia brasileira contemporânea, Douglas Diegues, metapoemaResumen
Este artigo apresenta a análise de alguns sonetos do poeta brasileiro contemporâneo Douglas Diegues a partir da seleção de poemas em que o fazer metapoético se manifesta como condição sine qua non do projeto estético do autor. Partindo da noção de metapoesia, verifica-se que a consciência de um fazer poético em processo se dá em Diegues em diversos níveis: pela atualização da forma clássica soneto, em sua variante shakespeariana; pela criação e utilização de uma língua mestiça, o portunhol selvagem (portunhol salbaje); pela recorrência de algumas figuras em seus poemas, como o “esperma” e a “belleza”; pelo uso crítico das experiências cotidianas em prol de uma obra cuja integridade cria um estilo à la Diegues. Desse modo, buscou-se verificar em que medida a produção de Diegues destaca-se e diferencia-se da produção poética brasileira contemporânea por meio das experimentações da e na linguagem.
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