Paulistas’ perception on the realization of pronominal verbs
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1699Keywords:
pronominal verbs, clitic SE inherent, variationAbstract
This paper presents heuristic and empirical data on the perception that a group of speakers from São Paulo state has on the achievement of pronominal verbs (PV), especially those classified as verb+SEinherent. It is motivated by the fact that, in Brazil, there are peculiarities (even considered marginal) related to the use of clitic from PV – such as the possibility of clitic suppression, as in “eu apaixonei por você” (‘I fell in love with you’) – that distinguish Brazilian Portuguese language from Portuguese language spoken in other regions of the world (note that there are differences within the country). It is based on variationist works that seek to explain these peculiarities in different regions of Brazil and in data from the application of an online questionnaire. Through the data observation, it is expected to point out for a linguistic change possibly underway in Brazilian Portuguese.
Downloads
References
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Yara F. Vieira. São Paulo: Hucitec, 1986.
______. Teoria do romance I: a estilística. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2015.
D’ALBUQUERQUE, A. C. R. C. A perda dos clíticos num dialeto mineiro. Tempo Brasileiro: sociolinguística e o ensino do vernáculo. Rio de Janeiro, v. 78/79, p. 97-121, 1984.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
FARACO, C. A. Linguística histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas. São Paulo: Parábola, 2014.
FREITAG, R. M. K. Uma hipótese de gramaticalização do pronome reflexivo se na fala de Florianópolis. Working papers em Linguística. UFSC – CCE, Curso de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis: CPGLg, n. 7, p. 59-72, 2003.
_______. Análise quantitativa dos clíticos correferenciais na fala de Florianópolis e de Porto Alegre: discutindo evidências da afixação de SE. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE POLÍTICA LINGUÍSTICA NA AMÉRICA DO SUL (Cipla), 2006, João Pessoa (PB). Línguas e Povos: unidade e diversidade, p. 437-442, 2006.
GALVES, C. Ensaios sobre as gramáticas do português. Campinas: UNICAMP, 2001.
GONDIM, E. M. O uso do clítico na fala culta de Fortaleza. Entrepalavras, Fortaleza, a. 1, v. 1, n. 1, p. 37-47, ago./dez. 2011.
LABOV, W. Principles of linguistic change: internal factors. Oxford: Blackwell, 1994.
_______. Principles of linguistic change: social factors. Oxford: Blackwell, 2001.
_______. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008.
LENHARO, A. C. Descrição léxico-gramatical e funcional dos verbos pronominais do português brasileiro com vistas à construção da base de verbos da wordnet brasileira e do alinhamento semântico desta à base de verbos da wordnet norte-americana. 2014. 279 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2014.
LIMA, B. F. Z. O percurso diacrônico das construções com o pronome se na Língua Portuguesa como um processo de gramaticalização. 2006. 130 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.
MADUREIRA, E. D. Variação nas construções pronominais dos verbos psicológicos: uma decorrência de diferentes percursos históricos. In: COHEN, M. A. A. M.; RAMOS, J. M. (Org.). Dialeto mineiro e outras falas: estudos de variação e mudança linguística. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2002.
MELLO, F. R. Acabou-se o que era doce, quem comeu se regalou-se: uma análise do clítico se em João Pessoa na interface Sociolinguística/Gramaticalização. 2009. 322 f. Tese (Doutorado) – Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2009.
MELO, N. S. S. O clítico se com valor reflexo ou recíproco: uma abordagem sociolinguística. 2005. 123 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Letras e Linguística, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005.
MONTEIRO, J. L. Para compreender Labov. Petrópolis: Vozes, 2002.
NUNES, J. M. O famigerado SE: uma análise sincrônica e diacrônica das construções com SE apassivador e indeterminador. 1990. 170 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1990.
_______. Ainda o famigerado SE. DELTA, v. 11, n. 2, p. 201-240, 1995.
OLIVEIRA, M. Nós se cliticizou-se? In: LOBO, T.; RIBEIRO, I.; CARNEIRO, Z.; ALMEIDA, N. (Org.). Para a História do Português Brasileiro. v. VI: novos dados, novas análises. Salvador: EDUFBA, 2006. p. 413-425.
PEREIRA, A. L. D. Os pronomes clíticos do PB contemporâneo na perspectiva teórica da Morfologia Distribuída. 2006. 215 f. Tese (Doutorado em Linguística) – UFSC, Florianópolis, 2006.
PEREIRA, D. C. Variação e mudança no uso dos pronomes reflexivos no português popular da capital paulista: uma abordagem funcionalista e cognitivista. 2007. 350 f. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
RODRIGUES, Â. C. S.; PEREIRA, D. C. Pronomes reflexivos no português popular brasileiro. In: CONGRESO INTERNACIONAL DE LA ALFAL, 14. Monterrey (Mexico), 2005. Actas... Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2016.
SEARA, I. C. Estudo de uma hipótese semântico-pragmática para a omissão de clíticos pronominais. Letras de Hoje, Porto Alegre: PUCRS, v. 14, n. 119, p. 165-187, mar. 2000.
TARALLO, F. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 1994.
VILELA, M. Léxico e gramática. Coimbra: Livraria Almedina, 1995.
WEINREICH, U.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. São Paulo: Parábola, 2006.