A terminologia do domínio do ciclismo no Brasil: casos de variação entre os termos que denominam as partes principais da bicicleta de estrada

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v49i2.2569

Palavras-chave:

Terminologia, variação terminológica, ciclismo de estrada.

Resumo

O objetivo principal deste trabalho consiste em analisar a terminologia do domínio do ciclismo de estrada veiculada por manuais desse tipo de veículo difundidos no Brasil, refletindo, especificamente, sobre as variantes dos termos denominativos das partes principais da bicicleta de estrada encontradas nesse tipo de documento. Para tanto, adotamos os princípios teóricos e metodológicos da Teoria Comunicativa da Terminologia (CABRÉ, 1999) e também nos baseamos nos critérios propostos por Faulstich (1997, 2001) para estabelecer as variantes terminológicas. Dentre os principais resultados obtidos, destacamos a presença de 7 casos de variantes lexicais e 22 de variantes geográficas. Com base nesses dados, verificamos que muitos manuais divulgados no Brasil por empresas europeias foram traduzidos para o português de Portugal, o que nos levou a encontrar um grande número de variantes geográficas em nossas análises, uma vez que partimos do português do Brasil. Com este estudo, esperamos, então, que possamos contribuir com uma melhor comunicação nessa área, sobretudo, no contexto brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Milena de Paula Molinari, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil

Atualmente, desenvolve pesquisa em nível de Doutorado (2018-2022), junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, pela Unesp/São José do Rio Preto, sob a orientação do Prof. Dr. Maurizio Babini. Realizou um Estágio de Pesquisa Doutoral na Université Sorbonne Nouvelle - Paris III, na França, no laboratório ED 268 - Langage et langues: description, théorisation et transmission, com bolsa do programa CAPES/PrInt, entre setembro de 2019 a fevereiro de 2020, sob orientação da Profa. Dra. Isabelle de Oliveira. Cursou o Mestrado (2014-2016) junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, pela Unesp/ São José do Rio Preto, sob a orientação da Profa. Dra. Lidia Almeida Barros, com financiamento CAPES e recebeu o título de Mestre em julho de 2016. Graduou-se em Bacharelado em Letras com Habilitação de Tradutor (Francês/Italiano) (2013) pela mesma instituição e realizou Iniciação Científica sob a orientação da Profa. Dra. Lidia Almeida Barros, com financiamento FAPESP. Desde 2014, atua como professora de língua inglesa e língua francesa. Tem experiência na área de Linguística, atuando, principalmente, nos seguintes temas: Terminologia, Terminologia Bilíngue e variação terminológica.

Maurizio Babini, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil

Possui graduação em Lettere Moderne - Università di Bologna (1990), mestrado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006), mestrado em Etudes Mediterranéennes, Ibériques e Ibéro-Americaines, pela Université Lumière - Lyon 2 (1993) e doutorado em Lexicologie et Terminologie Multilingue - Traduction, pela Université Lumière - Lyon 2 (2000). Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Tem experiência na área de Lingüística, com ênfase em Terminologia, atuando principalmente nos seguintes temas: terminologia, língua italiana, literatura italiana, lingüística computacional, lingüística de corpus e onomasiologia. 

Referências

CABRÉ, M. T. La Terminología: representación y comunicación. Elementos para una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: IULA, 1999.

CANNONDALE. Cannondale. Disponível em: https://www.cannondale.com/en/International. Acesso em: 9 jul. 2019.

FAULSTICH, E. Aspectos de terminologia geral e terminologia variacionista. Tradterm, v. 7, p. 11-40, 18 dez. 2001. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/tradterm/article/view/49140/53222. Acesso em: 24 ago. 2018.

FAULSTICH, E. Entre a sincronia e a diacronia: variação terminológica no código e na língua. In: CORREIA, M. (org.). Terminologia, desenvolvimento e identidade nacional. Lisboa: Colibri/ILTEC, 2002. p. 61-74.

FAULSTICH, E. Variação terminológica: algumas tendências no português do Brasil. In: Cicle de conferències 96-97: lèxic, corpus i diccionaris. Barcelona: IULA, 1997.

GAUDIN, F. Pour une socioterminologie: des problèmes sémantiques aux pratiques institutionnelles. Rouen: Université de Rouen, 1993. (Coleção « Publications de l’Université de Rouen », 182).

GIRODITALIA. Giro archieve: previous editions. Disponível em: http://www.giroditalia.it/eng/editions/. Acesso em: 19 mar. 2018.

HYPERBASE. Hyperbase Web edition. Unice: Université Côte d’Azur. Disponível em:

http://hyperbase.unice.fr/hyperbase/. Acesso em: 20 mar. 2019.

LAVUELTA. Grandes momentos en la historia de la Vuelta. Disponível em: http://historia.lavuelta.com/. Acesso em: 19 mar. 2018.

LESSA, P. R.; MORAES E SILVA, M. O ciclismo de estrada e a construção de uma cultura nacionalista: um olhar sobre o Tour de France. Movimento (ESEFID/UFRGS), Porto Alegre, p. 407-418, mar. 2017. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento/article/view/64603. Acesso em: 18 mar. 2018.

LETOUR. L’histoire du Tour de France. Disponível em: https://www.letour.fr/fr/histoire. Acesso em: 19 mar. 2018.

MOLINARI, M. P.; CURTI-CONTESSOTO, B.; BABINI, M. Um estudo dos graus de equivalência entre os termos denominativos das partes principais da bicicleta de estrada no Brasil e na França. Revista da Abralin, v. 18, n. 1, p. 1-34, 2019. Disponível em: http://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1359. Acesso em: 07 maio 2020. DOI: 10.25189/RABRALIN.V18I1.1359

NÚCLEO BIKE. Conhecendo as peças de uma bicicleta. Disponível em: http://www.nucleobike.com.br/dicas/conhecendo-as-pecas-de-uma-bicicleta/. Acesso em:

fev. 2019.

ORGANISATION INTERNATIONALE DE NORMALISATION. Terminologie – Vocabulaire. Genebra. ISO, 1990 (Norme Internationale ISO 1087, 1990).

PARIS-NICE. Histoire de Paris-Nice. Disponível em: https://www.paris-nice.fr/fr/histoire. Acesso em: 19 mar. 2018.

PEDALERIA. Tipos de alavancas de câmbio. Disponível em: http://www.pedaleria.com.br/alavancas-de-cambio/. Acesso em: 19 abr. 2019.

SENSE BIKES. Road, tri, gravel. Disponível em: https://sensebike.com.br/bikes/road-tri-gravel/. Acesso em: 5 ago. 2019.

TR3 BRASIL. Bike Fit 2D dinâmico. Disponível em: https://www.tr3brasil.com.br/blog/bike-fit-2d-dinamico. Acesso em: 4 jun. 2019.

TREK. Trek. Disponível em: https://www.trekbikes.com/br/pt_BR/countries/. Acesso em: 9 jul. 2019.

VÁ DE BIKE. Cannondale compra 70% da brasileira Caloi. Disponível em: http://vadebike.org/2013/08/cannondale-adquire-caloi-fabricante-bicicletas/. Acesso em: 9 jul. 2019.

Downloads

Publicado

26-06-2020

Como Citar

Molinari, M. de P., & Babini, M. (2020). A terminologia do domínio do ciclismo no Brasil: casos de variação entre os termos que denominam as partes principais da bicicleta de estrada. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 49(2), 920–937. https://doi.org/10.21165/el.v49i2.2569

Edição

Seção

Artigos