A historicidade da linguagem nas novas configurações familiares: um olhar jurídico

Autores

  • Adriana de Moraes Pereira Santos Universidade do Vale do Sapucaí-UNIVÁS

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v45i1.724

Palavras-chave:

análise de discurso, semântica histórica da enunciação, família, novos arranjos familiares, lei.

Resumo

O presente artigo objetiva discutir a maneira como os princípios constitucionais, a lei e as jurisprudências relacionadas às novas formas de família vêm sendo abordadas no âmbito das ciências jurídicas. Para isso, toma-se como lugar de investigação os postulados teóricos da Análise de Discurso de linha francesa e a Semântica Histórica da Enunciação, a fim de refletir sobre o funcionamento da linguagem jurídica, sobre o alcance ou as transformações que são produzidas, a partir dela, na constituição e posturas dos sujeitos ante as novas tendências relacionadas à igualdade de direitos entre homens, mulheres e homoafetivos, bem como compreender o modo como a materialidade da lei e a interpretação dos tribunais afetam a questão do casamento, da união estável e da guarda dos filhos ante aos novos arranjos familiares. Além de evidenciar como a lógica dos tribunais, manifestada em seus julgados, garante, materialmente, o exercício do Direito e legitima, valida as expressões vigentes na sociedade. 

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Biografia do Autor

Adriana de Moraes Pereira Santos, Universidade do Vale do Sapucaí-UNIVÁS

Possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito do Sul de Minas - FDSM (1994). Especialista em Direito do Trabalho pela FDSM (1996). Curso de Letras - Licenciatura plena com habilitação Português, Inglês e Literaturas pela Universidade do Vale do Sapucai - UNIVAS (2003). Curso de Pedagogia - Licenciatura plena com habilitação em Administração e Supervisão Escolar do Ensino Fundamental e Médio pelo Centro Universitário Claretiano (2007) . Mestra em Letras pela Universidade do Vale do Rio Verde - UNINCOR (2010), Doutoranda em Ciências da Linguagem pela UNIVÁS (2015-2019). Foi professora de [1] Língua Portuguesa e Comunicação Jurídica I e II, [2] Direito Constitucional I e II, [3] Metodologia da Pesquisa e [4] Membro do Núcleo Docente Estruturante [5] Direito Civil III, [6] Introdução ao Direito, [7] História do Direito [8] Hermenêutica Jurídica, todas no curso de Direito da FAEX - Faculdade de Extrema de 2006 a 2011, em Extrema-MG. Também foi professora de [1] Filosofia no curso de Administração; [2] Tópicos Humanísticos no curso de Sistema de Informação, [4] TCC, [5] Políticas Públicas e [6] Educação e Família no curso de Pedagogia, todos na FAI - Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, em Santa Rita do Sapucaí-MG. Em 2014 foi Coordenadora de Área do PIBID no curso de Pedagogia da FAI - Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, em Santa Rita do Sapucaí-MG. Atualmente é professora de [1] Filosofia no Curso de Administração;[2]Filosofia Geral, [3] Filosofia da Educação e [4] Gestão Democrática [5] Produção Textual e [6] Língua Portuguesa; [7] Metodologia da Filosofia no Curso de Pedagogia;[8] Tópicos Humanísticos no Curso de Sistema de Informação [9] Comunicação III no Curso de Engenharia de Produção, todos na FAI - Centro de Ensino Superior em Gestão, Tecnologia e Educação, em Santa Rita do Sapucaí-MG.

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Publicado

29-11-2016

Como Citar

Pereira Santos, A. de M. (2016). A historicidade da linguagem nas novas configurações familiares: um olhar jurídico. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 45(1), 257–268. https://doi.org/10.21165/el.v45i1.724

Edição

Seção

Semântica