O contraste acentual nos verbos no português brasileiro: análise pela Fonologia Métrica e pela Teoria da Otimidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2720

Palavras-chave:

contraste acentual, verbos, português brasileiro.

Resumo

Este estudo teve como principal objetivo tratar do acento verbal no português brasileiro (PB), com destaque ao contraste acentual presente nesta classe de palavras. Para a análise, nos baseamos no modelo de restrições da Teoria da Otimidade (TO), na Fonologia Métrica (HAYES, 1995) e nas análises de Magalhães (2004, 2010) para os não-verbos.
O resultado da análise mostrou que o contraste acentual dos verbos é bem representado pelas restrições morfológicas, por demonstrarem a interface morfologia-fonologia e garantirem que o acento recaia na posição correta, de acordo com cada tempo verbal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BISOL, L. O acento e o pé métrico binário. Cadernos de Estudos Linguísticos, Campinas,

n. 22, p. 69-80, jan./jun. 1992.

BISOL, L. O acento e o pé métrico binário. Letras de Hoje, v. 29, n. 4, p. 25-36, dez. 1994.

HAYES, B. Metrical Stress Theory: Principles and Case Studies. Chicago: University of Chicago Press, 1995.

HYDE, B. Metrical and Prosodic Structure in Optimality Theory. 2001. PhD dissertation (Doctor of Philosophy Graduate Program in Linguistics) – Rutgers University, New Brunswick, New Jersey. Disponível em: http://roa.rutgers.edu/,ROA-476, Acesso em: 12 mai. 2020.

KAGER, R. Optimality Theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.

LEE, S. H. A regra do acento do português: outra alternativa. Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 29, n. 4, p. 37-42, 1994.

LEE, S. H. O acento primário no português: uma análise unificada na teoria da otimalidade. In: ARAÚJO, G. A. de. (org.). O acento em português: abordagens fonológicas. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. p. 121-143.

MAGALHÃES, J. S. de. O plano multidimensional do acento na teoria da Otimidade. 2004. Tese (Doutorado em Letras) – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004.

MAGALHÃES, J. S. de. Acento. In: BISOL, L.; SCHWINDT, L. C. (org.). Teoria da Otimidade: Fonologia. Campinas: Pontes, 2010. p. 93-134.

MASSINI-CAGLIARI, G. A música na fala dos trovadores: Estudos de prosódia do Português Arcaico, a partir das cantigas profanas e religiosas. 2005. Tese (Livre-Docência em Fonologia) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2005.

MASSINI-CAGLIARI, G. Do poético ao linguístico no ritmo dos trovadores: três momentos da história do acento. Araraquara: FCL, Laboratório Editorial, Unesp; São Paulo: Cultura Acadêmica, 1999.

MASSINI-CAGLIARI, G. Cantigas de amigo: do ritmo poético ao linguístico. Um estudo do percurso histórico da acentuação em português. 1995. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1995.

MATEUS, M. H. M. O acento de palavra em português: uma nova proposta. Boletim de Filologia. Lisboa, Tomo XXVIII, p. 1-19, 1983.

MATEUS, M. H. M.; D’ANDRADE, E. The Phonology of Portuguese. Oxford: Oxford University Press, 2000.

McCARTHY, J.; PRINCE, A. S. Generalized Alignment. In: BOOJ, G.; VAN MARLE, J. (ed.). Yearbook of Morphology. Dordrecht: Kluwer, 1993a. p. 79-153.

McCARTHY, J.; PRINCE, A. S. Prosodic Morphology I: constraint interaction and satisfaction. Massachusetts: University of Massachusetts, Amherst and Rutgers University, 1993b.

PRINCE, A.; SMOLENSKY, P. Optimality Theory: constraint interaction in generative grammar. Rutgers University and University of Colorado-Boulder, 1993.

RUSSELL, K. Optimality Theory and Morphology. In: ARCHANGELI, D.; LANGENDOEN, D. T. (ed.). Optimality Theory: An Overview. Oxford: Blackwell, 1997. p. 102-133.

WETZELS, L. Primary Word Stress in Brazilian Portuguese and the Weight Parameter. Journal of Portuguese Linguistics, p. 9-58, 2007.

Downloads

Publicado

17-12-2020

Como Citar

Rezende, F. A. (2020). O contraste acentual nos verbos no português brasileiro: análise pela Fonologia Métrica e pela Teoria da Otimidade. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 49(3), 1624–1639. https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2720

Edição

Seção

Artigos